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A Mylan lança o primeiro autoteste de deteção do VIH em Portugal

A Mylan lança o primeiro autoteste de deteção do VIH em Portugal

A Mylan lançou em Portugal o primeiro autoteste para a deteção do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). O teste é de venda sem receita médica e poderá ser realizado de forma autónoma e anónima, o que representa um contributo importante para a deteção e futura erradicação do VIH.

Na opinião do Diretor Geral da Mylan Portugal, João Madeira, “o lançamento do autotest VIH® é um contributo importante no nosso compromisso com o alcance das metas 95-95-95 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH e SIDA (ONUSIDA).  A deteção atempada é o primeiro passo para mitigar novas infeções, pois um indivíduo infetado tende a tomar precauções acrescidas, a procurar ou aceitar o tratamento, e um tratamento iniciado atempadamente permite reduzir o número de novas infeções, mortes prematuras evitáveis, e tudo isto é o caminho  para o objetivo da erradicação do VIH, o qual também faz parte da nossa missão”.

Este lançamento surge na sequência da alteração do quadro legislativo nacional em 2018,  acompanhando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS/ONUSIDA), e a realidade de muitos países,  permitindo a dispensa em farmácias comunitárias de autotestes para rastreio da infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Os autotestes poderão vir a estar disponíveis online através dos websites de cada farmácia.

Feito a partir de uma gota de sangue retirada do dedo, o autoteste VIH® baseia-se numa análise que deteta os anticorpos no sangue humano produzidos após infeção pelo VIH. O teste é fácil de efetuar e de interpretar, e apresenta o resultado em 15 minutos. O autoteste VIH® é 100% fiável para a deteção de uma infeção VIH que tenha ocorrido há 3 meses.

De acordo com o último relatório da Direção Geral de Saúde, Portugal está entre os países da União Europeia com mais casos de diagnósticos tardios de infeção por VIH -  mais de 50% -  com particular relevância nos heterossexuais. E segundo um estudo publicado na revista “The Lancet Public Health 2017”, 76% das mortes associadas ao VIH ocorreram em doentes com um diagnóstico tardio.  De acordo com a OMS, o tratamento eficaz do VIH impede a progressão da infeção para SIDA (Síndroma de Imunodeficiência Adquirida), possibilitando uma esperança média de vida equivalente à de uma pessoa não infetada, e contribui para a erradicação da doença ao ajudar a garantir que não existe a transmissão do vírus a terceiros.

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