Vila Real de Santo António acolheu exercício regional de preparação para incêndios rurais

Operação envolveu os municípios de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Tavira e reuniu mais de 300 operacionais de várias entidades de proteção e socorro
O Município de Vila Real de Santo António acolheu, nos dias 14 e 15 de maio de 2025, o exercício regional de aprontamento do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais do Algarve — DECIRALG-25.
A operação foi promovida pelo Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e envolveu mais de 300 operacionais de diversas entidades.
O exercício decorreu nos concelhos de Vila Real de Santo António, Tavira e Castro Marim, tendo como cenário de referência o incêndio rural que deflagrou em 2021 no sítio da Pernadeira. O principal objetivo foi testar a capacidade de resposta e a coordenação dos meios em situações de exceção, como os incêndios rurais de grande dimensão.
Em Vila Real de Santo António, as ações concentraram-se na localidade da Corte António Martins, onde foi instalada uma banca de triagem multivítimas e um sistema de comunicações.
No Pavilhão Municipal de Vila Nova de Cacela foi montada uma Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP), permitindo avaliar a capacidade de acolhimento e assistência à população em caso de evacuação.
Exercício integrou vários cenários e entidades
O exercício possibilitou ainda testar a estrutura de comando e controlo, a articulação entre os diferentes níveis operacionais (municipal, regional e nacional), a integração de equipas multidisciplinares, a projeção de meios de reforço e a sustentação logística em operações prolongadas, incluindo o uso de máquinas de rasto em ambiente noturno.
Participaram diversas divisões e serviços da autarquia de Vila Real de Santo António, nomeadamente o Serviço Municipal de Proteção Civil, a Divisão de Habitação e Intervenção Social, a Divisão de Urbanismo, Planeamento e Ordenamento do Território, o Gabinete Técnico Florestal e a Subdivisão de Comunicação e Promoção.
Na conferência de imprensa e briefing de encerramento, marcaram presença o Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, Vítor Vaz Pinto, e o Segundo Comandante Regional, Abel Gomes. Estiveram ainda presentes o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo, a Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sintra, e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Tavira, Eurico Palma.
Durante a sessão, o Comandante Vítor Vaz Pinto destacou a elevada organização dos 16 Serviços Municipais de Proteção Civil da região, sublinhando que “cada entidade está no seu automático e sabe exatamente o que tem a fazer no terreno”.
Acrescentou ainda que o dispositivo especial de combate a incêndios rurais para o verão de 2025 será semelhante ao do ano anterior, mantendo-se o nível de prontidão.
O Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo, enalteceu o empenho de todas as forças envolvidas no exercício e o trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano pelos serviços de emergência e proteção civil do Algarve.
Destacou, em particular, o papel da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e o comando regional da Proteção Civil do Algarve, liderado pelo Comandante Vítor Vaz Pinto.
Reconheceu ainda o trabalho exemplar do Serviço Municipal de Proteção Civil de VRSA e de todos os que integram o dispositivo de combate a incêndios rurais em 2025.
Um compromisso com a segurança das populações
A participação de Vila Real de Santo António neste exercício evidencia o compromisso do município com a segurança das populações e com a preparação para enfrentar, de forma eficaz, situações críticas como os incêndios rurais.
A realização do DECIRALG-25 representa um passo decisivo na capacitação dos agentes de proteção civil para a fase mais exigente do ano. Estes exercícios permitem reforçar os procedimentos operacionais e contribuem para uma resposta mais célere e articulada no futuro.
A colaboração entre municípios, serviços municipais e estruturas regionais revela-se essencial para garantir uma resposta eficaz e a salvaguarda de pessoas e bens em todo o território algarvio.