O Porto de Sines recebeu esta semana uma delegação angolana presidida pela Secretária de Estado das Pescas do governo daquele país, Esperança Eduardo Francisco, com o objectivo de conhecer o funcionamento da unidade de aquacultura em offshore existente neste porto. A visita foi ainda acompanhada pelo Embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, e por representantes de direções-gerais dos ministérios que tutelam os temas “mar e pescas” de ambos os países.
Fernanda Albino, vogal da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), destacou a forma como em Sines é possível conciliar a atividade de porto industrial com projetos de aquacultura, enquadrado por um sentido de responsabilidade, social e ambiental, que promove a sustentabilidade das operações.
A empresa Seaculture, do grupo Jerónimo Martins, detém uma licença para exploração de aquacultura no Porto de Sines, na qual produz atualmente robalos. Com efeito, a disponibilidade de águas profundas e bacias protegidas permite albergar, em estruturas flutuantes, uma grande quantidade de peixe que se desenvolve num habitat muito próximo do natural. Anualmente, já são produzidas em Sines entre 400 e 500 toneladas de robalos nas 16 estruturas flutuantes.
O Governo de Angola está a analisar a possibilidade de fomentar o desenvolvimento da indústria da aquacultura no país e, nesse sentido, pretende conhecer as melhores práticas implementadas a nível internacional, identificando o Porto de Sines como um caso de sucesso.
O Porto de Sines promove o intercâmbio de conhecimentos e parcerias com países lusófonos e as empresas que, pela sua natureza, estão inseridas na área portuária, sendo que este tipo de acções contribui para o estreitamento de laços e aumento da cooperação.