Depois das fases preparatórias que envolveram a constituição de uma equipa técnica dedicada, planeamento das ações, apetrechamento, formação e envolvimento das entidades que integram a Rede Social, o Radar Social Lagos está em plena atividade e atento a todas as situações de vulnerabilidade sinalizadas no concelho.

Em paralelo, o Radar Social Lagos lançou um questionário dirigido à população residente com mais de 65 anos não institucionalizada. O objetivo é fazer um diagnóstico aprofundado e atualizado sobre as necessidades específicas deste grupo etário, para, com base na análise dos dados recolhidos, propor o eventual ajustamento das respostas já existentes ou novas medidas a implementar nas mais variadas áreas que contribuem para o seu bem-estar. Para garantir o maior número de participações neste inquérito, que está a decorrer até ao final do mês de maio, o município conta com a colaboração das entidades parceiras cujo contacto com esta população é mais regular, designadamente juntas de freguesia, serviços de saúde, IPSS, coletividades locais e outros serviços de proximidade.

Ação semelhante está já a ser preparada com um segundo inquérito a realizar este ano, visando diagnosticar a situação da população migrante a residir no concelho de Lagos e identificar oportunidades para melhorar a sua integração na comunidade local.

Outra das vertentes que tem estado a ser trabalhada pelo Radar Social Lagos é o apoio ao Núcleo Local da Garantia para a Infância (NLGPI). Trata-se de um grupo de trabalho formado no âmbito do Conselho Local de Ação Social que envolve os diferentes atores sociais e tem como missão garantir o acesso de todas as crianças e jovens, em situação de maior vulnerabilidade, a um conjunto de serviços essenciais, contribuindo para a erradicação da pobreza infantil.

Merece recordar que o Radar Social é um projeto de intervenção social da Nova Geração de Equipamentos e Respostas Sociais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a que o município se candidatou, obtendo o enquadramento técnico e financeiro necessário à sua implementação em Lagos.

O que diferencia o Radar Social de outros projetos é o facto de este efetuar a georreferenciação e vigilância das situações sociais vulneráveis. O modelo foi testado na capital, abrangendo a população idosa em situação de isolamento, mas o seu alargamento à totalidade do território nacional pretende ir mais longe, abrangendo qualquer pessoa em risco.

Toda a abordagem assenta no princípio do envolvimento da comunidade, apelando à responsabilidade social das entidades e dos cidadãos, no sentido de não ficarem indiferentes a situações de vulnerabilidade suscetíveis de configurarem casos de exclusão social, sinalizando-as junto da equipa que corporiza o Radar Social em Lagos.

Para lhe dar visibilidade, arranca este mês uma campanha de comunicação em vários meios que pretende chamar a atenção da comunidade para a importância do seu envolvimento no projeto e enquadrar o trabalho da equipa Radar Social Lagos, nesta fase de contacto direto com as pessoas no terreno.