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PCP - Sobre o fecho do serviço de pediatria e maternidade do Hospital de Portimão

PCP - Sobre o fecho do serviço de pediatria e maternidade do Hospital de Portimão

A informação vinda a público, no Dia da Criança – 1 de Junho, do fecho do serviço de Pediatria e da maternidade do Hospital de Portimão, merece a mais veemente reprovação do PCP.

Temos acompanhado com grande preocupação todo um caminho feito, desde há muitos anos, que visa o encerramento de serviços e unidades do Hospital de Portimão no que respeita a cuidados de pediatria, assistência a grávidas, a partos, no acompanhamento de mães, bebés e crianças.

Para o PCP o que está em causa é um rumo de destruição e desmantelamento de serviços públicos de saúde no Algarve em geral e no Barlavento Algarvio em particular. É intolerável que fique toda uma zona da região sem esses cuidados e serviços, restando a solução do Hospital de Faro, com distâncias que chegam a ser superiores a mais de 100 quilómetros e 2 horas de tempo de viagem. Trata-se de um inaceitável retrocesso no acesso aos cuidados de saúde maternos, de crianças e das suas famílias.

O governo do PS, que vem se escondendo atrás da Direcção Executiva do SNS e das suas decisões baseadas em “estudos e planos operativos”, tem seguido uma política de favorecimento dos grupos privados que fazem da doença o seu negócio e do bolso dos algarvios o seu rendimento seguro.

A degradação do Serviço Nacional de Saúde e a falta de recursos humanos no Hospital de Portimão, particularmente nos serviços de urgência de pediatria, obstetrícia e ginecologia têm sido frequentemente denunciadas ao longo de anos e já podiam estar solucionados se assim houvesse vontade política para tal. Uma degradação que vem desde anteriores governos PSD e CDS e que o PS também não impediu.

Para o PCP, o que se impõe é o reforço do Serviço Nacional de Saúde, através de um investimento sério e efetivo nas suas valências, que passa pela contratação de mais profissionais, bem como pela valorização das suas carreiras.

O PCP lembra que a luta das populações e profissionais de saúde tem adiado, e mesmo travado, intenções semelhantes no passado e, por isso, apela à organização e luta em defesa do SNS, pelo reforço do serviço de Pediatria e pela manutenção da maternidade.

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