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Lagos com novo plano estratégico para os transportes urbanos

Lagos com novo plano estratégico para os transportes urbanos

Foi aprovado, na última reunião de câmara, o Plano Estratégico para os Transportes Urbanos de Lagos (A ONDA). O estudo partiu da necessidade de analisar e adaptar a rede aos padrões atuais de mobilidade, identificando, simultaneamente, os cenários de exploração do serviço e os termos de referência que servirão de base à contratação necessária para assegurar o funcionamento do transporte público municipal nos próximos sete anos.

Atualmente A Onda já serve todas as freguesias do concelho e a quase totalidade da população*, mas as conclusões do estudo apontam a necessidade de se introduzir algumas alterações, quer para dar resposta a obrigações legais, quer para aumentar os horários, isto é, a frequência de circulação dos autocarros, especialmente ao fim-de-semana. Entre as alterações propostas estão: o alargamento da rede, passando a abranger as zonas da Boavista, Atalaia e Porto de Mós; a alteração à linha 4 que serve a freguesia da Luz, a extensão da linha 5 até ao Colégio e a alteração da linha 8 que serve o Monte Ruivo, Cotifo e Arão. A rede proposta é constituída por 11 linhas e vai assegurar uma cobertura territorial praticamente total, com mais de 96% da população lacobrigense a residir a menos de 400 m de uma paragem. O objetivo é aumentar em 4,4% o n.º de circulações, em 12,9% o número de quilómetros a realizar e em 12,5% o número de lugares disponibilizados anualmente.

Quanto às características da frota são apresentados três cenários, sendo que o mais contido prevê que no início da operação 35% dos veículos/autocarros sejam movidos a energias limpas, valor que aumenta para 51% a partir de 2026.

Por fim, o Plano Estratégico compara os vários cenários de exploração do serviço – prestação de serviços por terceiro, exploração direta pelo município ou concessão de serviço público – recomendando como o mais equilibrado, em termos de risco operacional, risco de mercado e impacto financeiro, a solução de aquisição de serviços, ou seja, a continuidade do modelo adotado desde que foi lançado, em 2008, o serviço de transportes urbanos de Lagos “A ONDA”.

Em qualquer dos cenários verifica-se um saldo negativo para o município, o qual corresponde à componente de serviço público inerente a um tarifário com cariz social e decorrente de uma política de mobilidade que privilegia o transporte coletivo. Exemplo disso é o número de passes emitidos para estudantes (passes gratuitos) que há três anos não chegavam às 500 unidades e agora são já 1500.

O Plano Estratégico para os Transportes Urbanos de Lagos, aprovado na Câmara Municipal, foi ontem, igualmente, apreciado e aprovado em reunião ordinária da Assembleia Municipal.

*Saiba mais aqui

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