O Primeiro-ministro Luís Montenegro assumiu, ainda em campanha eleitoral, e mais tarde inscrevendo a matéria no programa de Governo, a devolução ao Ministério da Agricultura, liderado por José Manuel Fernandes (que muito se empenhou nesta decisão ) da tutela sobre as antigas direções regionais, o que sucede agora e que, tal como foi publicamente veiculado anunciado, foi “crucial” para a avaliação positiva das confederações de agricultores que subscreveram o acordo de Concertação Social assinado na terça-feira, num processo que teve participação, entre outros, dos secretários -gerais da CAP e CONFAGRI, Luís Mira e Nuno Serra.
Neste sentido, esta devolução da tutela permitirá, pela primeira vez, num modelo inovador, conceder ao Ministro da Agricultura poderes de tutela sobre as CCDRs no domínio da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, garantindo uma cadeia de comando hierárquica com o objetivo de executar a PAC, de apoiar os agricultores e produtores florestais e as suas associações no terreno, de forma expedita.
Cristóvão Norte, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, com responsabilidades de direção nesta área, assinala que “ a devolução ao Ministério da Agricultura da tutela sobre as antigas Direções Regionais , agora englobadas na CCDR, era um imperativo inultrapassável para dar confiança ao setor, sobretudo depois de anos negros em que se destruiu o aparelho institucional da agricultura e se dizimaram as relações de lealdade da tutela para como os agricultores. Vai demorar tempo a por o edifício de pé novamente. “
Segundo Norte, líder do Algarve do PSD, “ esta decisão era necessária para conseguir aplicar a PAC em todo o território, e no Algarve, em que precisamos de investimento para construir uma base produtiva mais diversificada, era mesmo muito necessária. Estamos a cumprir.”