A agricultura é um sector fundamental para a diversificação da economia do Algarve e o abacate é uma das suas componentes e tem de ser uma das principais apostas da região.
Além das inovações tecnológicas associadas à sua produção, o que cria novas competências para os agricultores algarvios, o abacate não tem riscos ambientais e pode afirmar-se em mercados externos, constituindo uma mais-valia para as exportações agrícolas portuguesas.
A Algfuturo – Associação Empresarial do Algarve congregadora de três dezenas de Associações, além de sócios em nome individual, reafirma a sua solidariedade com os agricultores algarvios que têm apostado no abacate. Isso foi demonstrado numa Assembleia Geral da associação realizada no fim-de-semana.
Assim, a Algfuturo apela «à opinião publica e a todos os agentes económicos e à sociedade em geral para que rejeitem as críticas que têm sido publicadas sobre a cultura do abacate na região». Afirma ainda que: «É necessário desmistificar conceitos e o diz-que disse».
Fala-se do excessivo consumo da água, mas o problema não é do abacate, mas sim uma gestão adequada da água no Algarve, que tem de começar por solucionar as perdas que escorrem da serra e barrocal para o mar – estimadas em mais de 1000 milhões de m3/ano – ou as que resultam da degradação das canalizações municipais.
O abacate apresenta níveis de rentabilidade relevantes sendo a sua produção practicamente toda para exportação e respectivas divisas. Esta recente cultura segue uma rota de inovação e modernização a grande nível, nomeadamente com uma unidade de exploração em que numa área coberta de 5000 m2 estão a funcionar os mais modernos equipamentos para calibragem e embalagem do produto (Global Avocados).
À Algfuturo compete «defender a verdade e continuar a tomar medidas para que este produto de excelência mereça cada vez mais acompanhamento e valorização». Acrescanta ainda que: «O Algarve só tem viabilidade com produtos de excelência e elevado valor acrescentado, em vez de indiferenciação e massificação com baixo preço como acontece no turismo».
Naturalmente que a diversificação se faz também com novas tecnologias, com os produtos do mar e da pesca, novas indústrias e sem esquecer o Programa para dar vida ao interior e à serra e garantir retenção da água para que esta reforce os canais aquíferos subterrâneos.