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Direita pretende parar central dessalinizadora do Algarve

Direita pretende parar central dessalinizadora do Algarve

Por entre várias promessas de obras que já estão em curso o programa eleitoral da AD coloca como objectivo parar o processo de construção da Central Dessalinizadora do Algarve.

A coligação de direita diz que quer “avaliar o projecto” só que o mesmo já está em fase de concurso público internacional.

A empresa pública “Águas do Algarve” abriu no passado mês de fevereiro o concurso, que inclui a concepção, construção e exploração do Sistema de Dessalinização de Água do Mar do Algarve, pelo preço base de 90 milhões de euros e que na sua potência máxima vai produzir 1/3 de toda a água que o Algarve precisa para consumo humano.

Nesta fase, “avaliar, significa parar”, afirma Jamila Madeira. A cabeça de lista do PS diz que a intenção da AD não só significa atrasar a execução da obra, como colocaria em risco o cumprimento das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência e, no limite, inviabilizar a sua construção”.

Jamila Madeira recorda que os socialistas já tinham chamado a atenção para o facto da direita pretender voltar atrás com o processo do hospital central do Algarve, que está pronto para ser colocado em concurso, porque o PSD pretende que seja transformado numa parceira público privada integral, isto é, que a gestão clínica seja também privada, e para tal têm que mudar todas as peças e recomeçar o processo do zero. Agora, a AD vem também dizer no seu programa eleitoral que pretende parar o concurso da central de dessalinização.

“Não fazem, nem deixam fazer. Estamos perante um regresso ao passado. Em 2011 pararam todos os investimentos que tínhamos no Algarve, desde a requalificação da EN125, ao hospital e agora, como se AD fosse o diminutivo de “ADiar” se tivessem essa oportunidade, voltariam a parar tudo de novo”, conclui Jamila Madeira.

O Partido Socialista recorda que as obras do plano de eficiência hídrico do Algarve foram consenssualizadas previamente com os autarcas, os agricultores e as associações empresariais, um plano de investimento de 237 milhões de euros, com obras do lado da poupança e obras do lado da oferta que têm que estar obrigatoriamente concluídas até ao final de 2026.

A captação de água no Pomarão para a Barragem de Odeleite, o estudo de viabilidade da Barragem da Foupana e a construção de uma Central Dessalinizadora são as obras mais emblemáticas e a forma do Algarve diminuir a exposição aos anos de seca.

“Nós temos que executar todas estas obras até ao final de 2026 ou perdemos o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência. Não podemos deixar que a direita volte a parar tudo, para avaliar e reavaliar a avaliação, como fizeram para o aeroporto de Lisboa, para que nada se faça. O que precisamos é de executar o que está acordado e tem financiamento do PRR. Não queremos adiar mais, queremos mais ação”, afirma a cabeça de lista do Partido Socialista no Algarve.

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