Organizações Nacionais Unidas para combater o lixo marinho com o apoio da Fundação Oceano Azul, Comissão Europeia e Parlamento Europeu
Pelo quinto ano consecutivo, milhares de voluntários mobilizam-se em prol do oceano. Entre os dias 16 e 24 de setembro, realizam-se ações de limpeza terrestre e subaquática nas praias de Norte a Sul do país, bem como nos Açores e na Madeira, numa ação que visa sensibilizar e consciencializar para a problemática do lixo marinho.
A Fundação Oceano Azul, com o apoio da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, no âmbito da iniciativa #EUBeachCleanUp, incentivam uma vez mais todas as organizações nacionais a dinamizarem ações de limpeza e a sociedade civil a participar nesta que é uma iniciativa global com impacto local. Mais informações sobre a #EUBeachCleanUp aqui.
No primeiro dia da iniciativa, a 16 de setembro, decorre a ação “Limpar a Costa: da Trafaria à Fonte da Telha”, durante a qual várias ONG, escolas de surf e outras entidades locais organizam limpezas ao longo de 13 km que cobrem 32 praias, situadas no Concelho de Almada.
Contando com o apoio da Câmara Municipal nesta operação, é de destacar também a ação que decorre na Praia Cabana do Pescador, que conta com a participação de eurodeputados portugueses e várias embaixadas de países da União Europeia e do resto do mundo, numa celebração conjunta pelo oceano.
Para Flávia Silva, Gestora de Projetos da Fundação Oceano Azul, “O envolvimento da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu é mais um reconhecimento do sucesso do Dia Internacional de Limpeza Costeira e da sua relevância e impacto para um oceano mais limpo. O apoio destas entidades é um enorme contributo para despertar a atenção da sociedade civil para a proteção do oceano e para destacar o trabalho de todas as organizações envolvidas nesta causa”, diz.
A Representante da Comissão Europeia em Portugal, Embaixadora Sofia Moreira de Sousa, refere que “A participação nas ações de limpeza costeira é uma das respostas à pergunta tantas vezes repetida, ‘Mas o que é que eu posso fazer?’. Porque ao agirmos localmente, estamos a ter um impacto global. E sobretudo porque não estamos sozinhos. Todos contamos. Individualmente, cada um de nós pode fazer a diferença e sensibilizar outros para o fazer. Em conjunto, temos o poder de transformar o planeta e de ser parte da mudança.”
Para Pedro Valente da Silva, Chefe de Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, “Portugal, tantas vezes descrito como sendo um país à beira-mar plantado, é a porta ocidental de acesso marítimo à Europa. Proteger o ambiente da sua orla marítima é, não somente respeitar a paisagem natural do nosso país, mas também a da União Europeia no seu todo. Precisamos de agir antes que nos seja exigido reagir, e o momento para o fazer é agora. Como? Unidos, tal como preconiza a UE, porque só assim poderemos realmente fazer a diferença”.
Tal como já vem sendo hábito, também os alunos e professores do programa Educar para uma Geração Azul participam nesta semana de atividades por todo o país, reforçando-se assim o contacto dos alunos com o oceano, fora da sala de aula.
O lixo marinho representa uma séria ameaça para a biodiversidade, para a saúde humana e para a economia. Cerca de 80% do lixo encontrado nos ecossistemas marinhos tem origem em atividades humanas em terra e apenas cerca de 20% provém de atividades diretamente ligadas ao mar. As ações de limpeza e monitorização de lixo nas praias revelam-se fundamentais para sensibilizar a população quanto à dimensão deste problema.
As inscrições ainda estão abertas para as organizações que pretendam aderir à iniciativa, através do website da Fundação Oceano Azul (aqui), onde também é possível consultar toda a informação sobre as ações de limpeza a decorrer.
O oceano é global, a ação é local. Descubra a ação mais perto de si e faça parte da mudança!