A discussão do Orçamento de Estado 2024 continua na Assembleia da República, que estará em funções até que seja conhecida a decisão do Sr. Presidente da República face à crise política provocada pela demissão do Sr. Primeiro-ministro.
Na sua intervenção no âmbito do setor da Saúde, o deputado Rui Cristina afirmou: “não irei desistir até que o novo Hospital central seja construído” e sublinhou ainda que a construção do Centro Regional de Oncologia do Algarve é mais uma promessa que fica no papel.
Segundo o deputado, que se dirigia ao titular da pasta da Saúde, o Algarve é uma das regiões onde a população mais sofre com a falta de acesso aos cuidados de saúde. E onde Infelizmente já estamos habituados a promessas não cumpridas.
Neste contexto elencou a «trapalhada» que envolve a construção do Centro Oncológico do Algarve, que surge no Orçamento de Estado de 2024 como um dos equipamentos para o qual vai ser aberto concurso, a par do Hospital Central do Algarve.
Isto porque no final de junho o CHUA tinha adjudicado os projetos de execução e especialidade para o centro oncológico e depois veio a ARS e a comissão de estudos para o Hospital central emitir um parecer desfavorável, enquanto o CHUA prometia o Centro Oncológico a funcionar em 2024!
“A verdade é que os 1.500 doentes com cancro que poderiam ser tratados no Centro Oncológico terão de aguardar até que os senhores se entendam quanto à localização. Se dentro ou fora do Hospital Central. Entretanto, o CHUA gasta cerca de 5 milhões de euros anuais, enviando doentes com cancro para Sevilha. A verdade é que os algarvios têm fundadas dúvidas sobre qualquer destas promessas, tal é a “trapalhada” dos concursos, denunciou o deputado do PSD eleito pelo Algarve.
Para Rui Cristina é difícil entender porque não se considerou o reforço do SNS recorrendo aos recursos já existentes no setor social e no privado, quando o Sistema de saúde no Algarve há longos anos que está comatoso, com falhas cada vez mais gritantes.
Recorde-se que o recurso através de protocolos com o setor social e privado foi uma das iniciativas que o PSD apresentou na Assembleia da República, iniciativas que abrangiam desde os cuidados primários e hospitalares aos continuados e paliativos, à valorização dos profissionais saúde, não esquecendo o acesso ao medicamento. Iniciativas que foram sistematicamente chumbadas por este governo.
Na sua intervenção Rui Cristina lembrou que após 8 anos da governação do Partido Socialista continua a haver mais de 1.6 milhões de portugueses sem médicos de família, 5 milhões recorrem a seguros e subsistemas de saúde.
“O PSD alertou reiteradamente o falhanço das políticas de Saúde do governo socialista e sempre pretendeu aumentar a acessibilidade dos portugueses aos cuidados de saúde, por não estar condicionado por sectarismos ideológico. A nossa ideologia nosso objetivo é salvar o SNS”, reafirmou o deputado.