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Polo a Polo, uma viagem fotográfica aos últimos paraísos naturais do Planeta passa por Lagos

Polo a Polo, uma viagem fotográfica aos últimos paraísos naturais do Planeta passa por Lagos

A Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI e a Câmara Municipal de Lagos, apresentam as melhores fotografias de natureza tiradas por fotógrafos da National Geographic

Hugo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Lagos; Artur Santos Silva, curador da Fundação ”la Caixa” e presidente Honorário do BPI, e Javier Gómez Vargas, comissário da exposição, inauguraram na próxima terça-feira a exposição De Polo a Polo, uma viagem aos grandes paraísos naturais. A exposição apresenta 52 imagens de grande beleza sobre diversos espaços naturais da Terra, do Ártico à Antártida, com um denominador comum: sensibilizar para a importância de conservar estas áreas únicas do Planeta. A exposição reúne mais de 30 prestigiados fotógrafos de natureza, alguns deles vencedores de prémios como o Wildlife Photographer of the Year e o World Press Photo.

Um dos objectivos prioritários da Fundação ”la Caixa” é levar a cultura, a ciência e o conhecimento à sociedade. A divulgação da cultura é um instrumento fundamental para promover o crescimento das pessoas e, por esta razão, a Fundação ”la Caixa” e o BPI trabalham de forma a levar o conhecimento a públicos de todas as idades e contextos educativos.

Com o programa Arte na Rua, a Fundação ”la Caixa” expõe em Lagos cinquenta e duas fotografias extraordinárias, com o selo da National Geographic Society, sobre a Natureza e o Meio Ambiente e que dão ênfase aos espaços naturais ameaçados, assim como aos efeitos da transformação dos ecossistemas naturais e a sua influência nos seres vivos.

O programa Arte na Rua foi lançado em 2006 e, desde então, tem aproximado do grande público criações de artistas como Auguste Rodin, Henry Moore e os fotógrafos Cristina Garcia Rodero e Sebastião Salgado, entre outros. Agora, em colaboração com a National Geographic Society, o programa integra uma nova linha centrada na ciência e na natureza.

O nosso planeta é único, e únicas são as imagens que compõem esta exposição, que retrata algumas das áreas naturais da Terra conhecidas como «hotspots» ou ecorregiões terrestres prioritárias, bem como áreas selvagens de grande biodiversidade, para além do Ártico e da Antártida, pelo seu importante papel na regulação do clima terrestre e pela ameaça de desaparecimento que enfrentam estas regiões como consequência do aquecimento global. As imagens permitem-nos viajar por estas zonas especiais que desempenham um papel vital na preservação da saúde do Planeta.

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Espectacular viagem através dos biomas da Terra

As florestas asiáticas, a savana africana, o Ártico e a Antártida, entre outros, são paraísos naturais a desfrutar na viagem fotográfica que transporta os visitantes aos biomas da Terra presentes na exposição. Viajar do Ártico à Antártida e percorrer o mundo de norte a sul, passando pelos cinco continentes, é o que poderão fazer todos aqueles que visitem a exposição.. São imagens de extraordinária beleza que prestigiados fotógrafos de natureza captaram após infinitas horas e muito engenho, para conseguirem obter a melhor imagem do ano, como Tim Laman, vencedor do Wildlife Photographer of the Year de 2016. Este fotógrafo dedicou semanas, e usou algumas câmaras controladas à distância, para obter a espetacular imagem do orangotango trepador na selva do Bornéu, no Sudeste Asiático.

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Orangotango a subir uma árvore na região da Sonda, Bornéu (Ásia)

A 30 metros do chão, este orangotango-de-bornéu trepa à procura de preciosos figos. Os orangotangos criam um mapa mental da floresta e utilizam-no para saber quando e onde podem encontrar fruta madura. A Indonésia perde anualmente milhares de hectares das suas florestas tropicais devido ao abate de árvores e às plantações de palmeiras-de-óleo, o que põe em perigo a sobrevivência destes animais.

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Calimantão, Bornéu, Indonésia. © Tim Laman / National Geographic

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Elefantes num charco no Parque Nacional de Chobe, Botsuana, África.

O famoso fotógrafo de natureza Frans Lanting passou 18 meses no Botsuana a fazer uma reportagem sobre a região, que incluiu no seu livro Okavango, Africa's Last Eden, publicado em 1993. A imagem que ilustra a capa do livro pode ser admirada nesta exposição. Lanting foi premiado na edição de 2018 do Wildlife Photographer of the Year em reconhecimento da sua carreira, que se estendeu por mais de três décadas, e foi precisamente com esta imagem que o prémio foi anunciado.

Os elefantes desempenham um papel crucial nos ecossistemas de savana e floresta. A caça destes animais para suprir a procura de marfim na Ásia tem dizimado as suas populações de forma dramática.

Um terço dos elefantes de África vive no Botsuana.

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Parque Nacional de Chobe, Botsuana, África. © Frans Lanting / National Geographic

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Leopardo-das-neves, Parque Nacional de Hemis, Índia (Ásia)

O fotógrafo Steve Winter precisou de 13 meses, muita experiência e alguma sorte para conseguir capturar o esquivo leopardo-das-neves através de armadilhas fotográficas. Uma fotografia desta série ganhou, em 2008, o primeiro prémio no prestigiado concurso Wildlife Photographer of the Year.

O leopardo-das-neves, outrora rei destas montanhas, está hoje ameaçado pela caça, a mineração e a perda de habitat. O aquecimento global está a reduzir o seu território e o das suas presas, ao mesmo tempo que o conflito com os pastores está a aumentar.

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Parque Nacional de Hemis, Ladakh, Índia. © Steve Winter / National Geographic

Estas imagens são três exemplos das fotografias mais premiadas que os visitantes encontrarão na exposição, na secção «Ameaças»: um mosaico de nove fotografias de denúncia que convida a refletir sobre as nossas ações e o seu impacto no meio natural.

O Ambiente tem vindo a sofrer grandes transformações causadas pela atividade humana, como é evidente nas fotografias que retratam incêndios, sobrepesca, desflorestação, poluição, alterações climáticas,... Estas imagens evidenciam que só temos um planeta e que o partilhamos com outros seres vivos. A sobrevivência do nosso planeta e a sua saúde dependem unicamente das nossas ações. O seu futuro depende das decisões que tomarmos hoje.

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