O CDS, historicamente, foi o partido mais à direita que o MFA consentiu e todos os que eram de direita assumida foram e serão bem recebidos na nossa família, ontem, hoje e amanhã.
Integramos em nós a democracia cristã, o liberalismo moderado e o conservadorismo de valores sociais fundamentais à estabilidade da nossa região. Temos um legado de coerência e somos uma direita segura dos seus valores, sem desvios nem tentações!
Defenderemos uma coesão territorial mais forte, e solicitaremos que a direção nacional do CDS-PP faça parte, com maior regularidade, das nossas iniciativas regionais.
Temos muito trabalho pela frente e grandes desafios, pois o Algarve é uma das regiões com maior desigualdade entre ricos e pobres.
A pobreza está acima da média: 19% dos algarvios viviam com menos de €591 por mês em 2022.
Sabemos que a região do Algarve é das que tem menos habilitações disponíveis, mais desigualdades sociais, mais imigração e trabalho precário, e um quarto da população no Algarve tem nacionalidade estrangeira. Relativamente a esta imigração consideramos que a mesma deve ser controlada e todos aqueles que vêm para trabalhar devem ser bem recebidos e integrados, sob pena das taxas de criminalidade continuarem a crescer e se tornarem em taxas de criminalidade violenta e descontrolada, pondo em causa inclusive a segurança dos nossos filhos, que frequentam as escolas públicas.
Queremos uma escola segura (muito mais segura), assente em regras e avaliações que potenciem a aquisição do conhecimento. Os jovens são o futuro do país.
Queremos que a escola ensine, que tenha professores satisfeitos com a sua profissão, em número suficiente, para, por um lado, garantir segurança aos pais e por outro lado exigindo responsabilidade às famílias pela educação dos seus filhos.
As faltas no acesso à habitação e a uma rede de transportes intermunicipais está a limitar a contratação e fixação de pessoas e de mão-de-obra qualificada.
Não se prevê que venha a existir recuperação ou aumento do poder de compra para as famílias algarvias e estamos a pagar bens alimentares e serviços a preços "muito inflacionados".
A agricultura e a pesca, essenciais à nossa região, precisam de investimento urgente sob pena de ficarmos ainda mais dependentes do turismo e do sector público.
É necessário consolidar a marca Algarve, "Orgulhosamente Algarvio" poderá ser o selo de qualidade para internacionalizar tudo o que produzimos e servimos.
Está a ser acelerada a desertificação do Barrocal algarvio. Fecho de escolas, serviços e empresas deixam as populações do interior cada vez mais à sua sorte. Esta situação é agravada pela falta de transportes públicos, pela falta de acesso às redes de comunicações e internet como é o caso da Fóia e das Serras de Monchique e Caldeirão.
Temos de fazer convergir as pensões mínimas, ao ordenado mínimo nacional. Todos, no final de uma vida contributiva, têm de viver sem ter de escolher entre comida, medicamentos ou a conta da luz.
Os serviços sociais de proximidade à população têm de ser uma realidade e estarem aptos a apoiar algarvios em situação de risco, evitando assim guetos sociais de alta densidade. Serviços sociais que, ao mesmo tempo, têm que garantir que nenhum idoso é deixado ao abandono nas suas casas, seja por falta de ascendentes ou descentes ou por mesmo por solidão. Aumentar a fiscalização e a capacidade integrada de lares e estabelecimentos de reabilitação, dando a todos, sem exceção, o acompanhamento digno que dele necessitam.
Queremos ter acesso à saúde. Afinal somos todos Portugueses. É emergente ganhar capacidade de resposta à doença, é urgente melhorar a saúde preventiva sob pena de estarmos a hipotecar (ainda mais) a qualidade de vida das famílias algarvias por falta de acesso às urgências. O novo hospital central e universitário do Algarve tem de acontecer já.
Os juros de referência (BCE) tendem a estagnar, isto é, deixar de subir, o que não trará alívio às famílias, mas sim uma falsa sensação de habituação ao custo. Os algarvios merecem evoluir socialmente, este retrocesso é sinal do desinvestimento de anos no Algarve.
A falta de água é responsabilidade dos Governos anteriores e essencialmente deste último governo socialista – abandonaram-nos à sorte de S. Pedro.
Continuar a aposta no ensino superior e qualificação profissional, quer seja nas suas instalações, no seu equipamento como também no desenvolvimento científico e tecnológico, de outra forma não conseguiremos atrair jovens para estudar e se fixarem no Algarve.
É obrigatório aumentar o número de creches e vagas para crianças estendendo essa gratuidade a todas as crianças até aos 6 anos. Não iremos aceitar que, por falta de investimento público, o aumento da natalidade dependa exclusivamente de fatores económicos. O casal com filhos tem de ter liberdade, tempo e segurança nas suas vidas. É assim que acreditamos que também se promove a igualdade de oportunidades, a evolução nas carreiras de homens e mulheres, dignificando a vida humana.
Com responsabilidade e coerência, valorizando o ser humano na sua condição de vida, nós estamos convictos de que estamos do lado certo da história.
Somos o CDS-PP que quer contar, somos o CDS-PP de sempre.