O CDS-PP considera que o Governo está numa situação de contradição insanável com mais um caso conhecido de suspeitas de corrupção sobre um governante.
Portugal foi surpreendido com mais uma suspeita envolvendo um membro do governo.
António Costa entende que o PS tem de ser “ muito mais exigente nas nomeações”.
A declaração que se compreende, tendo em conta 13 substituições de governantes em 9 meses, envolvidos em casos de natureza institucional e mesmo com relevância criminal, foi feita dois dias antes de nova revelação vir a público, dando conta de outro governante estar a ser investigado por suspeitas de corrupção.
O CDS respeita a presunção de inocência que tem consagração constitucional. Não obstante, se o primeiro-ministro está realmente preocupado com a credibilidade do governo e a idoneidade das escolhas que lhe competem, não pode exigir menos aos governantes que queira convidar no futuro, do que em relação aos que já desempenham funções.
Se, por decisão do próprio governo, a existência de prévias investigações criminais deve ser um critério na escolha de futuros governantes, por maioria de razão e de acordo as mesmas regras, a existência de investigações criminais contra atuais governantes deverá ser critério para o seu afastamento imediato da vida política, sob pena de contradição insanável na aplicação das mesmas regras que o próprio governo impôs.
Nestes termos, o CDS-PP desafia António Costa a aplicar as regras resultantes do questionário também a actuais governantes com processos de investigação criminal vindos a público e, simultaneamente, a tirar as respetivas consequências políticas.