A violência doméstica é o crime mais participado em Portugal junto das forças de segurança, PSP e GNR, e o que mais vítimas mortais causa, na sua esmagadora maioria mulheres.
Os candidatos do Partido Socialista à Assembleia da República reuniram com várias associações de apoio à vítima e de promoção da igualdade de género e com as autoridades policiais e militares sobre a violência doméstica e o papel que a Assembleia da República pode assumir para ajudar a acabar de vez com esta situação de “miséria moral”.
Jamila Madeira, cabeça de lista dos socialistas pelo Algarve, acredita que os números são insuportáveis e devem mobilizar todos, políticos e cidadãos, administração pública e empresas, mulheres e homens, a unirem-se na luta contra o que classifica de “infâmia social”.
“Temos que exigir o fim do silêncio sobre a violência doméstica que todos os anos mata dezenas de mulheres e o fim do silêncio sobre a desigualdade de género no mundo do trabalho e, mais trágico, nas expectativas de futuro das próprias mulheres. Acabar com esta situação de miséria moral e de infâmia social deve ser a causa das causas da celebração dos 50 anos do 25 de abril.”
A vice-presidente da bancada parlamentar do PS e antiga Secretaria-geral da Juventude Socialista não deixou também de pronunciar-se sobre a proposta de um novo referendo ao aborto, lançada pelo candidato da AD.
“É preocupante que a direita pretenda regressar ao tempo do aborto clandestino. O país já tinha virado essa página. Lamentamos ouvir um dos mais destacados candidatos da AD a dar espaço a temas que não estão em debate na nossa sociedade e que colocam a mulher numa situação de maior fragilidade e de risco para a sua própria vida. Não podemos voltar para trás em matéria de direitos!”
Os candidatos do PS agradeceram o trabalho das associações e das organizações não governamentais na proteccão das mulheres vítimas de violência e na defesa dos direitos da igualdade e da tolerância e comprometeram-se a trabalhar em conjunto medidas legislativas para garantir uma melhor proteção dos direitos das vítimas, a inclusão de mais mulheres nas forças de segurança e lutar com todas as suas forças contra a violência e a descriminação sobre as mulheres que envergonha a nossa sociedade.