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Autarquia de Loulé distribui 2 milhões de euros às Associações Desportivas do Concelho

Autarquia de Loulé distribui 2 milhões de euros às Associações Desportivas do Concelho

É já um “clássico” do desporto louletano: 50 associações desportivas celebraram esta terça-feira o contrato-programa para 2024, através do qual recebem um apoio financeiro por parte do Município.

Este ano, a verba a disponibilizar teve um aumento, correspondendo agora a 2 milhões de euros.

Através deste instrumento os clubes conseguem ter um importante suporte que permite alavancar as suas atividades e projetos desportivos. Ao longo dos últimos anos, a Autarquia tem definido critérios claros e de transparência, como o número de atletas, palmarés, historial e promoção da inclusão social. Este foi o primeiro ano em que as candidaturas foram realizadas em formato digital, através do Portal do Associativismo de Loulé, numa aposta na desburocratização dos processos.

São três os eixos em que incide este contrato-programa: apoio à promoção do desporto e atividade física (apoio a atividades desportivas federadas, não federadas e atividades de inclusão ativa), apoio a projetos, eventos e atividades pontuais (realização de projetos, organização de eventos desportivos, participação em competições internacionais, apoio a atletas de alto rendimento e projeto olímpico/paralímpico, estra última uma nova medida) e apoio à modernização e autonomia associativa (manutenção de viaturas, aquisição de viaturas, aquisição de material desportivo e comemorações de efemérides/aniversários).

De entre as associações que celebraram estes contratos, estão envolvidos 5660 atletas, em representação de 52 modalidades.

Ao longo do tempo, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Desportivo do Concelho de Loulé tem a ser readaptado às necessidades dos clubes. Exemplo disso mesmo é a medida integrada em 2024 para apoio aos atletas de alta competição, pretendendo assim os clubes do concelho conseguirem reter durante mais alguns anos os seus “prodígios” desportivos.

Mas neste dia foi igualmente celebrado um memorando de entendimento, entre a Câmara Municipal de Loulé e o IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude, no âmbito do “Clube Top”. Trata-se de um programa de formação desportiva direcionado aos dirigentes associativos e pessoas com responsabilidade de gestão e administração na orgânica dos clubes, que permitirá acrescentar conhecimento e valor às próprias entidades desportivas.

De salientar que o Município de Loulé organiza e colabora na oferta de mais de 35 ações de formação em formato online e presencial.

Durante a sessão de celebração dos contratos, o presidente da Autarquia, Vítor Aleixo, sublinhou a importância deste apoio financeiro aos clubes, que vem reforçar o “Compromisso com o Desporto” assumido em 2015, ano em que Loulé foi Cidade Europeia do Desporto. “A Câmara Municipal de Loulé investe uma fatia importante no apoio ao desporto. Fazemo-lo porque sabemos que o desporto faz parte de uma comunidade que se quer cada vez mais saudável, equilibrada e de bons cidadãos, seja na prática do desporto formal, mas também do informal”, considerou o edil.

No que toca aos equipamentos desportivos, “a forte pressão ao nível de procura” leva a que o autarca considere que “há ainda um longo caminho a percorrer” na criação de novas infraestruturas. Em breve será inaugurado o Pavilhão Multiusos de Almancil, mas a Autarquia espera, ainda este ano ainda, arrancar com as obras de recuperação do Campo de Futebol de Boliqueime.

No âmbito da revisão do PDM, está prevista a localização de “um espaço com dimensões apreciáveis”, na zona norte-nascente da cidade de Loulé, para a implementação de um campus desportivo que permitirá aumentar a oferta para a prática de desporto do concelho.

Vítor Aleixo reportou-se ainda à questão da escassez de água, aproveitando esta oportunidade para sensibilizar o movimento associativo para a mudança de comportamentos. “Os espaços desportivos são locais onde, por natureza das atividades que aí são realizadas, grandes consumos de água. Estamos a aplicar redutores de caudal nas torneiras, nos chuveiros, mas não é suficiente. As pessoas têm que ter consciência de que a água é um bem finito e que vai cada vez mais faltar na nossa região. Abracem esta responsabilidade que é de todos nós!”, reiterou.

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