A Câmara municipal de Aljezur, retomou no dia 13 de Setembro a empreitada, iniciada no ano passado (2021) de valorização da Ribeira de Aljezur, entretanto suspensa por interposição de providencia cautelar contra a mesma. Decorridos vários meses, até a decisão da instância competente, vê-se agora novamente capacitado o Município para reiniciar as obras passiveis de execução em cumprimento da sentença proferida
Ainda que já tenha sido realizado um corte nas espécies invasoras, o mesmo já se revelou inconsequente uma vez que a acção para erradicação das mesmas não foi concluído em conformidade com o projectado, tendo se revelada esta acção inconsequente e tendo mesmo dado maior presença às espécies invasoras. Desta feita e de forma ainda mais selectiva e minuciosa, serão retomadas acções de aplicação de Engenharia Ambiental inicialmente programadas, que irão implicar remoção de forma manual de algumas áreas ocupadas por espécies invasoras e em espaços passiveis e aceitáveis para o efeito serão plantadas espécies autóctones inicialmente previstas no projecto que possam consolidar os taludes da ribeira e repor a galaria ripícola bem como devolver a biodiversidade desta ribeira, posta em causa pela forte presença de plantas invasoras.
Esta intervenção não terá o impacto inicial, nem atingirá os objectivos inicialmente traçados muito devido à impossibilidade de remoção eficaz das plantas invasoras existentes ao longo da área de intervenção inicialmente programada.
Entende o município de Aljezur que esta intervenção, ainda que fortemente condicionada pela sentença proferida, revela-se de vital importância a sua execução numa clara tentativa de valorizar e condicionar a expansão das espécies invasoras de modo a salvar o que ainda resta da galeria ripícola original desta ribeira, bem como da necessidade tremenda de minimizar a acção erosiva dos taludes fortemente presente e essencialmente provocados pelos rizomas de algumas espécies.
Esta retoma de trabalhos, somente foi possível graças à compreensão do projectista e da sua equipa para readaptar o projecto inicial e redefinir algumas intervenções de modo a conseguirmos executar ainda assim algumas partes importantes do mesmo. Em conjunto com os serviços do Município, da APA- ARH , e num trabalho de grande proximidade, foram encontradas soluções com o Eng. Pedro Teiga (projectista) que permitiram junto do empreiteiro manter interesse nesta obra e na sua execução.
Trabalho conjunto de entendimento e redefinição entre todos permitiu que a ribeira de Aljezur possa beneficiar desta intervenção, mas sobretudo que os Aljezurenses vissem parte da sua ribeira “devolvida” pelo menos nesta fase e que a restante possa também ser devolvida em consequência do recurso jurídico à sentença interposto pelo município para poder executar o resto da obra.