Aldeias de Crianças SOS desafiam candidatos presidenciais a assumirem posição clara sobre infância e juventude

No contexto das próximas eleições presidenciais, as Aldeias de Crianças SOS apelam a todos os candidatos presidenciais a pronunciarem-se sobre a sua visão relativa à promoção dos direitos das crianças e jovens que vivem situações de maior vulnerabilidade.
Os dados mais recentes das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens revelam que foram recebidas quase 60 mil comunicações de perigo, um número que tem aumentado de forma contínua desde 2020. A maioria destas sinalizações está associada a negligência, exposição a violência doméstica e outras formas de risco que comprometem o desenvolvimento e bem-estar das crianças. Estes dados revelam uma realidade profundamente preocupante que exige ação imediata.
A infância e a juventude são pilares fundamentais para o futuro do país. Garantir a segurança, o cuidado e as condições necessárias ao desenvolvimento das crianças mais vulneráveis não é apenas uma responsabilidade coletiva: é uma prioridade nacional e um compromisso ético.
Guida Mendes Bernardo, Diretora Geral das Aldeias de Crianças SOS, afirma que “não há como garantir efetivamente um futuro para o país sem uma clara visão sobre a infância”. Sublinha ainda que “o representante máximo de um país precisa de ser representante da esperança que todas as crianças cresçam com amor, respeito e segurança”.
A responsável alerta também para o facto de que “as prioridades para o cuidado à infância vulnerável continuam fragmentadas e correm o risco de repetir o próprio padrão de vivências traumáticas.” Acrescenta ainda que “se todos somos responsáveis por cuidar, precisamos todos de saber, por parte dos candidatos, como nos constituiremos como um Portugal que cuida mais, colocando no centro, a dignidade e o desenvolvimento integrado de cada criança”.
Perante este cenário, As Aldeias de Crianças SOS apelam, por isso, a que os candidatos
presidenciais apresentem uma visão clara para a infância e juventude, bem como propostas geradoras de respostas mais eficazes, articuladas e capazes de atuar de forma célere em todas as situações de risco e de perigo de crianças e jovens.
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