Artigo de Opinião por Pedro Palma Moreira, Presidente da Comissão Política de Secção do PSD Lagos.
Está a chegar ao fim este ano de má memória para todos nós. Esta crise pandémica importada do oriente e espalhada por todo o mundo à velocidade de um relâmpagoque a todos atordoou de forma estranha, como se no mundo globalizado e próximo de hoje as distâncias fossem garantia de segurança contra as más práticas sanitárias que alguns teimam em manter, veio lançar o chamado primeiro mundo (porque o outro infelizmente já está habituado a viver com muito daquilo que agora temos passado) numa crise sanitária, económica e social a que já não estávamos habituados.
Este foi assim um ano que não deixa saudades, pelos incontáveis prejuízos em vidas humanas perdidas, em projectos de vida e economias destruídas e também na psicose colectiva criada e alimentada pela incapacidade dos governos e organizações de saúde lidarem de forma objectiva e concertada com este problema. A hesitação inicial dos organismos oficiais aliada à voragem alarmista dos Media e ao autêntico veiculo tóxico de desinformação em que as redes sociais são por natureza férteis, criou a “tempestade perfeita” para a disrupção do nosso modo de vida normal. Num país como Portugal, onde o sistema nacional de saúde já funcionava com graves problemas e o dinheiro do Estado não abundava, apesar das manobras ilusionistas do governo, esta crise veio revelar-se trágica porque escolhendo e bem a salvaguarda das vidas humanas, o governo deixou a economia soçobrar sem ter meios para a socorrer. Quando se pedia liquidez para ajudar na emergência económica esta não apareceu. E a estafada técnica de anunciar medidas de apoio que na prática deram em nada, serviram de pouco conforto aos milhares de empresários que se viram desamparados e em desespero.
Com o aparecimento da vacina no final do ano, é credível que os mesmos mecanismos que criaram o problema disruptivo da nossa vida normal, funcionem na mesma forma para o reduzirem a um problema com que possamos conviver de forma normal. As noticias de que o nosso país começa já a ser procurado no topo das preferências para as férias da próxima Páscoa são animadoras e principalmente um sintoma da recuperação da confiança das populações da Europa de que o pior já passou e que o otimismo reina. Fiquemos então com esta mensagem de otimismo num Ano Novo melhor Boas Festas para todos com Saúde, Paz e com a Prosperidade no horizonte.