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Jovens portugueses passam mais de três horas por dia na Internet, revela estudo da DECO PROteste

Jovens portugueses passam mais de três horas por dia na Internet, revela estudo da DECO PROteste

Os jovens portugueses entre os 12 e os 17 anos passam, em média, 3.4 horas por dia na internet e muitos admitem não saber quando estão perante fake news.

São estas algumas das conclusões do estudo realizado pela Euroconsumers – organização europeia de defesa dos consumidores de que faz parte a DECO PROteste – que, entre os dias 3 e 7 de julho, inquiriu mais de três mil jovens, em Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Polónia, com o objetivo de perceber o impacto da utilização da Internet na sua vida. Em Portugal, o estudo foi levado a cabo pela DECO PROteste, que deu a palavra a mais de 600 jovens.

De acordo com o estudo, as redes sociais, utilizadas por 94% dos inquiridos, surgem apenas em quinto lugar no ranking de atividades online. A atividade mais referida (por 67% dos jovens) foi o “contacto com amigos e familiares”, seguida de “aprender algo novo” (60%), e “ouvir música” (58%).

Os jovens portugueses passam, em média, 3.4 horas por dia ligados à internet, mais do que a média dos restantes países analisados (3.2 horas). E um terço dos jovens admite passar mais do que quatro horas por dia na internet.

Mas, contrariando a ideia de que a vida dos adolescentes se resume aos ecrãs, o estudo mostra que a maioria participa regularmente em atividades offline: quase 100% convivem com a família e amigos e 82% praticam desporto. Dedicar tempo às artes ou a aprender uma língua estrangeira também é uma opção para 69% dos inquiridos. A aprendizagem de um instrumento musical (49%) ou o voluntariado (34%) também integram as ocupações dos jovens fora da Internet.

Este estudo mostra que os jovens vivem num equilíbrio constante entre o mundo online e offline. É fundamental que pais, educadores e decisores políticos promovam literacia digital e ferramentas que ajudem os adolescentes a navegar de forma segura e consciente, sem perder as oportunidades que a Internet oferece”, afirma Nuno Figueiredo, da DECO PROteste.

Apesar de passarem horas ligados à Internet e de estarem até familiarizados com a Inteligência Artificial (IA) generativa – 98% conhecem estas ferramentas e 68% lidam com elas –, muitos jovens relevam dificuldades em distinguir conteúdos verdadeiros de falsos: 45% conseguem saber às vezes o que é uma notícia falsa, 38% um texto, 36% uma imagem e 39% um vídeo. Entre os que não conseguem, de todo, identificar fake news estão quase 20% dos jovens.

A par desta fragilidade, a consciência dos jovens sobre o papel dos algoritmos na definição do que veem online é limitada: mais de 30% acreditam que não existe um algoritmo, que conhece os seus dados pessoais, a regular o seu feed nas redes sociais.

Os principais resultados do estudo evidenciam que, apesar de estarem profundamente integrados no mundo digital – ao ponto de a fronteira entre o online e o offline se tornar quase impercetível – muitos jovens ainda carecem de competências críticas para identificar conteúdos falsos e compreender o papel dos algoritmos na definição do que veem.

A DECO PROteste sublinha a importância de estudos como este, considerando-os fundamentais para se compreender os desafios que os jovens enfrentam e para orientar políticas e iniciativas que os preparem para um uso mais seguro, consciente e equilibrado da internet, potenciando os benefícios e minimizando os riscos do ambiente digital.

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