Ana Gonçalves, Fundadora da Academia Negócios de Saúde
É comum ouvir-se que a saúde não é ou não pode ser um negócio. É uma declaração que se ouve muitas vezes nos debates entre políticos. É verdade que não há nada mais importante do que as pessoas, ainda mais em situações em que estão limitadas por um qualquer problema de saúde. Mas, a saúde também é um negócio e tem, obrigatoriamente, de ser um setor bem gerido, a nível público e privado, a bem dos doentes, contribuintes e economia.
A saúde é também um negócio para milhares de pessoas que apostaram na abertura, por exemplo, de uma clínica. O seu objetivo passa por prestar os melhores serviços de saúde possíveis, claro, mas também passa por cobrir custos, pagar ordenados aos melhores recursos humanos e, claro, como em qualquer empresa, obter lucro. Como pode, então, um negócio especialmente na área da saúde, ser elevado? Eis alguns pontos:
● Ter mais tempo para si - Pode parecer um contrassenso, mas a tendência do empreendedor é trabalhar mais do que deve, esquecendo a vida pessoal. Deve sempre haver um grande envolvimento, claro, mas o bom líder saberá escolher a melhor equipa e delegar, concentrando o seu tempo numa visão estratégica;
● Contratar bem e reter melhor - Se a busca e retenção de talentos é algo transversal a muitas áreas, é ainda mais importante na área da saúde, onde os profissionais não são suficientes para as necessidades. Será necessário investir nos melhores e ter uma política forte de retenção, apostando em ações internas de employer branding, fazendo com que todos na equipa se sintam verdadeiramente parte do projeto;
● Diversificar serviços - Não comece a oferecer serviços ou a vender produtos que destoam do seu negócio core, mas faça uma análise e veja como pode acrescentar valor ao seu cliente.
Nem todos os caminhos podem funcionar para todos os empreendedores ou para todos os negócios mas é certo que, pela natureza do mundo, nenhum negócio se pode elevar ou sequer continuar a funcionar sem uma busca constante por melhorias.