(Z1) 2025 - Intermarché

Anti-americanos ou anti-Trump?

Anti-americanos ou anti-Trump?

E se os consumidores europeus decidissem não comprar produtos americanos? A guerra das tarifas não fazia sentido.

Em democracia, com cidadãos esclarecidos, isso é possível.

Lembro há muitos anos atrás o caso do Coliseu do Porto, que uma seguradora tinha vendido à IURD, Igreja Universal do Reino de Deus. O movimento de boicote à seguradora foi brutal e esta não vendeu.

O todo poderoso Elon Musk, da Tesla, viu as vendas caírem e os stands alvo de manifestações. Diz agora que pediu a Trump zero tarifas para a Europa.

“Um movimento internacional de boicote a produtos dos Estados Unidos começou a ganhar força no mês de março, alastrando-se do Canadá à Europa”.

Em Portugal, o Movimento pela Democracia

Participativa (MDP) lançou uma petição chamada "Boicote aos Produtos Americanos: Uma Resposta ao Impacto das Políticas de Trump". Para o movimento, "produtos americanos, que antes eram consumidos com regularidade e até com uma certa adoração, passaram a ser vistos sob outra óptica".

“Tudo como forma de dizer 'não' ao que consideram uma postura económica arrogante e agressiva por parte do governo americano".

Um sentimento anti-americano instalou-se nos países tradicionalmente parceiros dos Estados Unidos? Ou será um sentimento anti-Trump?

Acreditemos que seja ‘loucura’ passageira. Mesmo que assim seja, as relações não voltarão a ser o que eram. Gerou-se desconfiança.

“Amizade é como café; uma vez frio, nunca volta o sabor original, mesmo aquecido”, disse o reconhecido filósofo Immanuel Kant.

Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional

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