A Rússia é um dos principais fornecedores de petróleo e de gás natural da Europa. No entanto, no nosso país não existe actualmente uma dependência relactivamente ao fornecimento de gás russo, isto porque Portugal importa gás essencialmente de outros países. Embora não exista um risco de escassez no fornecimento de gás natural, esta situação de tensão poderá provocar uma subida de preços global.

O pagamento destes serviços públicos essenciais tem um peso considerável na carteira dos consumidores, pelo que este aumento de preços, juntamente com os impactos negativos trazidos pela pandemia e pela inflacção registada e prevista, é bastante preocupante.

Este aumento poderá ser sentido no mercado liberalizado no imediato; para os clientes no mercado regulado, até agora não se verifica que possa existir um impacto.

Perante este iminente aumento de preços, a DECO relembra os consumidores da importância de cada vez mais adoptarmos hábitos de poupança que permitam reduzir a factura de electricidade e de gás, e ainda, do recurso crescente às energias renováveis.

Aconselhamos ainda os consumidores a fazerem simulações de forma a perceberem, tendo em conta o seu perfil de consumo, quais as tarifas de electricidade e de gás mais baixas.

Tendo em atenção esta realidade, a DECO já reforçou as suas reivindicações no âmbito do serviço de gás e electricidade, designadamente que os critérios de acesso à tarifa social do gás natural sejam iguais aos da electricidade, ou seja, que também os consumidores com um rendimento anual reduzido tenham acesso à tarifa social do gás; que seja implementado o regime de tarifa social do gás de botija, como medida de protecção dos interesses económicos dos consumidores; que seja aplicada a taxa de IVA de 6% em todas as componentes da factura de electricidade.

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