No período de 04 de setembro, até às 24 horas, do dia de ontem, 10 de setembro, ao abrigo da Declaração da Situação de Alerta, a Guarda Nacional Republicana (GNR), através das suas valências de Proteção da Natureza e Ambiente, territorial, investigação criminal, cavalaria, bem como do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), reforçou a vigilância, fiscalização e o patrulhamento terrestre em todo o Território Continental, no intuito de prevenir incêndios florestais.
Ainda neste âmbito, a GNR, com recurso a um helicóptero da Força Aérea Portuguesa (FAP), levou a cabo ações de patrulhamento aéreo, incidindo nos distritos que se encontram em Estado de Alerta Especial, com risco de incêndio muito elevado e máximo.
Para além da sua normal guarnição da FAP (piloto e mecânico), o helicóptero transportava dois militares da GNR, que estavam em permanente observação das áreas florestais, com o intuito de detetar atividades que violassem o previsto na referida declaração, ou que configurem comportamentos suspeitos da prática de crimes.
Durante o patrulhamento aéreo realizado ontem, dia 10 de setembro, perto da localidade de Rio Maior, o meio aéreo detetou uma atividade ilegal de trabalhos florestais, com utilização de maquinaria, atividade esta proibida, por estar a decorrer a Situação de Alerta.
Os militares que se encontravam no helicóptero, via rádio e com o apoio de um tablet, transmitiram as coordenadas GPS, para a patrulha terrestre, o que permitiu intercetar e identificar dois homens, com 22 e 56 anos, funcionários de uma empresa de exploração florestal, que operavam duas máquinas de carregamento e transporte de madeira, tendo de imediato cessado os trabalhos.
Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Santarém. O VÍDEO permite ter a perceção desta ação de patrulhamento aéreo.
Na qualidade de entidade responsável pela coordenação do patrulhamento no âmbito da vigilância da área florestal, a nível nacional, referentes ao período da Declaração da Situação de Alerta, a GNR coordenou um total de 5 780 patrulhas, das quais 3 846 efetuadas pela GNR, tendo ainda empenhado 7 836 militares e percorrido mais de 222 mil quilómetros. Neste período a GNR ainda identificou 24 indivíduos e deteve outros 4, pela suspeita da prática do crime de incêndio florestal.