A Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) emitiu a Circular n.º 72, que autoriza e define as regras para os Navios de Bandeira Portuguesa utilizarem a bordo Livros Electrónicos de Registo.

Esta medida, que vinha a ser solicitada pelos clientes dos Registos de Navios de Portugal, contribui muito positivamente para a competitividade e atractividade da Bandeira Portuguesa, pois permitirá facilitar a gestão dos registos de bordo obrigatórios na Convenção MARPOL (International Convention for the Prevention of Pollution from Ships).

Estes passam agora a ser possíveis em suporte electrónico a bordo, destacando-se os Livros de Registo dos Óleos, da Carga, das Máquinas, dos Resíduos, entre outros. E as vantagens são várias.

Para os armadores e companhias de gestão dos navios, a eliminação da logística pesada de gestão das entregas, controlo e recolha dos vários livros em papel, especialmente para frotas de grande dimensão e dispersas geograficamente por todo o mundo, é claramente uma das vantagens mais importantes.

Por outro lado, esta medida permitirá a integração de dados dos sistemas dos livros electrónicos de bordo com os sistemas centralizados dos armadores, elemento essencial para a otimização da gestão das frotas e manutenção das mesmas.

Estas são, em conjunto, vantagens da maior importância para a simplificação de processos e a digitalização dos mesmos, bem como para a redução de custos administrativos e operacionais para armadores e companhias de gestão dos navios. A eliminação do papel e a prevenção de avarias e poluições através de uma melhor gestão preventiva dos navios, ajuda também a tornar a frota que arvora a Bandeira Portuguesa mais verde.

Para os marítimos a vida a bordo fica também mais facilitada. O elevado volume de dados, a sua frequência e detalhes nos registos dos diários de bordo aumentaram muito significativamente com as novas exigências de controlo, pelo que a maior facilidade dos registos e de gestão dos livros em suporte electrónico é um aspecto muito importante para quem já trabalha em condições muito desafiantes e de grande exigência.

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Sobre a DGRM

A DGRM tem como missão o desenvolvimento da segurança e dos serviços marítimos, incluindo o sector marítimo-portuário, a execução das políticas de pesca, da aquicultura, da indústria transformadora e actividades conexas, a preservação e conhecimento dos recursos marinhos, bem como garantir a regulamentação e o controlo das actividades desenvolvidas nestes âmbitos.