A Campanha de Segurança Rodoviária “2 Rodas: Agarre-se à Vida”, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), decorreu entre os dias 19 e 24 de março e teve como objetivo alertar os condutores, nomeadamente os de duas rodas a motor, para uma condução segura, cumprindo as regras do Código da Estrada e evitando comportamentos de risco, como: a condução sob influência do álcool, o excesso de velocidade e a incorreta utilização dos dispositivos de segurança.
Esta campanha contou, uma vez mais, com a participação dos serviços das administrações regionais dos Açores e da Madeira na realização de ações de sensibilização, completando o trabalho de fiscalização que tem sido realizado pelos comandos Regionais da PSP.
Inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2024, a campanha foi divulgada nos meios digitais, nos Painéis de Mensagem Variável e através de quatro ações de sensibilização da ANSR, realizadas em simultâneo com as operações de fiscalização levadas a cabo pela GNR e pela PSP, em Braga, Cascais, Condeixa-a-Nova e Porto. Idênticas ações ocorreram nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Na campanha “2 Rodas: Agarre-se à Vida” foram sensibilizados 278 condutores e passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
·Os utilizadores de motociclos e de ciclomotores, quando envolvidos em acidentes rodoviários, têm um risco mais elevado de sofrer consequências graves do que as pessoas que circulam noutros veículos. Este risco deve-se à sua vulnerabilidade por não possuírem a proteção do habitáculo;
·O uso de capacete de modelo homologado, devidamente apertado e ajustado, reduz em 40% o risco de morte em caso de acidente. A utilização de outros equipamentos de proteção como luvas, botas, blusão com proteções, calças com proteção CE e airbag, contribuem para reduzir a gravidade das consequências em caso de acidente.
Durante as operações das Forças de Segurança no âmbito desta campanha, realizadas entre os dias 19 e 24 de março, foram fiscalizados em controlo de velocidade por radar 3,4 milhões de veículos, 3,3 milhões dos quais pelo SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da responsabilidade da ANSR.
Em termos de fiscalização presencial, as Forças de Segurança procederam à fiscalização de 52,1 mil veículos.
Do total de 3,4 milhões de veículos fiscalizados durante a campanha, registaram-se 18,8 mil infrações.
Nesta campanha, registou-se um total de 2.034 acidentes, de que resultaram 8 vítimas mortais, 35 feridos graves e 573 feridos leves.
Relativamente ao período homólogo de 2023, verificaram-se menos 67 acidentes, mais 3 vítimas mortais, menos 7 feridos graves e mais 3 feridos leves.
As 8 vítimas mortais, todas do género masculino, tinham idades compreendidas entre 23 e 67 anos.
Os acidentes com vítimas mortais ocorreram nos distritos de Braga, Porto (2), Leiria, Santarém, Lisboa e Beja (2).
Estes acidentes consistiram em 3 atropelamentos (por 2 veículos ligeiros e 1 pesado de passageiros), 3 colisões (envolvendo 2 veículos ligeiros, 2 veículos pesados, 2 motociclos e 1 ciclomotor) e 2 despistes (de 1 veículo ligeiro em curva e 1 ciclomotor em reta).
Os acidentes acima descritos ocorreram em 2 autoestradas, 2 estradas nacionais, 2 arruamentos, 1 estrada municipal e 1 via de outro tipo.
Esta foi a terceira das 12 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do PNF de 2024. Até ao final do ano serão realizadas mais nove campanhas, uma por mês, com ações de sensibilização e de fiscalização.
As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas pela ANSR, GNR e PSP, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos.
O PNF de 2023 consagrou como prioritários os temas: Velocidade, Álcool, Acessórios de segurança e Telemóvel. Relativamente a 2024, para além dos quatro temas acima referidos, foi ainda adicionado um novo capítulo sobre a fiscalização dos veículos de duas rodas a motor.
Das três campanhas que decorreram este ano, foram realizadas 11 ações, durante as quais mais de 1100 pessoas foram sensibilizadas presencialmente. Quanto a ações de fiscalização, o número de condutores fiscalizados presencialmente foi de 152,2 mil, enquanto cerca de 8,5 milhões de veículos foram fiscalizados por radar.
A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada.