A Câmara Municipal de Lagos aprovou na sua última reunião, a celebração de protocolos de colaboração com os agrupamentos das escolas Júlio Dantas e Gil Eanes, tendo como objectivo a criação e apetrechamentos de centros tecnológicos especializados.
Os agrupamentos de escolas do concelho de Lagos encontram-se a preparar candidaturas, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com vista à instalação e modernização de Centros Tecnológicos Especializados (CTE), sendo que o Agrupamento de Escolas Júlio Dantas pretende apresentar candidaturas para a criação de um CTE Industrial e um CTE Informático, enquanto o Agrupamento de Escolas Gil Eanes vai apostar na criação de um CTE industrial e um CTE das Energias Renováveis.
Um dos critérios de avaliação das candidaturas é identificar e evidenciar parcerias com a administração local e regional, sendo para esse efeito pertinente o estabelecimento de protocolos de colaboração, “pelo que as referidas candidaturas saem reforçadas com este apoio por parte do município de Lagos”, refere a Vereadora com o pelouro da educação, Sara Coelho.
“Este protocolo irá permitir aos agrupamentos, ter salas de excelência, bem equipadas e preparadas para os desafios técnicos e tecnológicos”, acrescenta.
Os referidos protocolos irão contemplar diversas qualificações, como sendo: técnico de eletrotecnia; técnico de instalações elétricas; técnico de eletrónica, automação e comando; técnico de mecatrónica automóvel; técnico de receção; técnico de cozinha/pastelaria; técnico de restaurante/bar e técnico de turismo.
Estas candidaturas representam uma oportunidade para reforçar a atractividade das formações de nível secundário de dupla certificação em domínios de especialização que requerem mão-de-obra muito qualificada e se inserem num processo de mutação tecnológica acelerada pelos desafios da transição climática e da transição digital.
Os agrupamentos de escolas e o município de Lagos consideram de grande interesse promover o reforço da cooperação entre as duas instituições, com o objectivo estratégico de aumentar a capacidade de resposta do sistema educativo e formativo, para combater as desigualdades sociais e de género e aumentar a resiliência do emprego (em situações de crise económica como a provocada pela pandemia COVID-19), sobretudo dos jovens e adultos com baixas qualificações, reforçando-se as medidas que têm vindo a ser executadas nos últimos 20 anos para desenvolver um sistema consistente de ensino e formação profissional e aumentar as taxas de qualificação.