Para assinalar o arranque do ano letivo, o Município de Loulé promoveu, no passado dia 12 de setembro, no Auditório do Solar da Música Nova, o “I Encontro Pré-Escolar, 1º Ciclo - Partilha de Práticas Pedagógicas”, um momento em que se pretendeu aproximar os agentes educativos em torno de uma preocupação comum: os desafios da Educação.

Estiveram presentes 119 participantes, entre educadores do Pré-Escolar, docentes do 1º Ciclo e representantes da direção dos agrupamentos de escolas da rede pública de ensino de Loulé.

A sessão de abertura contou com a presença da vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, Ana Machado, responsável pelo pelouro da Educação, e Carla Cardoso Vilhena, professora auxiliar na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve e investigadora integrada no Grupo “Políticas e Organizações Educativas e Dinâmicas Educacionais” do Centro de Estudos Interdisciplinares. A moderação da sessão esteve a cargo de Daiana Ferreira, psicóloga e presidente da Associação KOKUA.

A vice-presidente da Autarquia deu as boas-vindas aos docentes integrados no território educativo de Loulé, destacando a sua importância no processo educativo, na formação e desenvolvimento dos alunos enquanto indivíduos e membros da sociedade.

Durante o Encontro foram apresentadas relevantes práticas educativas pelo painel de convidados. A educadora de infância e diretora pedagógica no Centro de Atividade Infantil de Évora, Fátima Aresta, convidou os presentes a refletir sobre a utilização inteligente e consciente dos recursos presentes no contexto escolar e comunidade para proporcionar aprendizagens através da experiência.

Maria João Dias, educadora do Jardim de infância da Patã, consciente da "perturbação do défice de natureza”, enfatizou nesta sessão a importância dos recursos do exterior para o desenvolvimento das competências motoras e emocionais das crianças.

Perante as dificuldades com um grupo de crianças pouco motivadas, Sónia Pinto, professora do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Albufeira, considerou ser importante arriscar e desafiar os alunos a assumirem um papel ativo, não só na comunidade escolar, mas também nas suas aprendizagens.

A terminar, Luís Borges, neuropediatra, que exerceu funções como diretor dos Serviços de Neuropediatra do Hospital Pediátrico de Coimbra, na qualidade de presidente da Associação Nacional de Intervenção Precoce e fundador do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral de Coimbra, guiou a plateia para uma reflexão sobre o respeito pela diferença e o lugar da pessoa com necessidades educativas, desde a infância, no acompanhamento e inclusão no contexto escolar. “Urge a necessidade de refletir sobre o conceito de inclusão, abraçar a diferença e educar todos os indivíduos para a solidariedade”, afirmou.

“Este Encontro proporcionou um espaço de reflexão sobre os novos problemas e desafios nos processos educativos, e de partilha de experiências educativas, projetos, ideias para a definição das melhores estratégias para o futuro da Educação no concelho”, referiram os responsáveis municipais, enaltecendo o êxito desta iniciativa.