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Uma bela «sardinhada»!

Uma bela «sardinhada»!

Artigo publicado em https://www.novacostadeoiro.com

Chegados a Junho e às celebrações dos Santos Populares, caracóis e sardinhas estão de volta e em «força» à mesa dos portugueses.

«Petiscos» que associamos ao Verão, que se inicia no dia 20 deste mês, com o seu Solstício, esta é a altura do ano em que mais consumimos caracóis, singelamente cozidos apenas com alhos, orégãos e o sal, que apenas se usa após a morte destes moluscos gastrópodes.

E, inevitavelmente, sardinhas, muitas, frescas, gordas, saborosas, conveniente e cuidadosamente assadas em lume de carvão, ou de madeira. E serão estas a vir, neste mês, à mesa do nosso «Clube das Cosmiquices».

Conhecemos e frequentamos três restaurantes, em Lagos, que as preparam da forma que mais apreciamos. O que não quer dizer que outros não façam, também. Se os omitimos, por agora, é por desconhecimento nosso. A Nova Costa de Oiro costuma «sardinhar» na «Barrigada» (no Porto de Pesca de Lagos), no restaurante do João Fialho, a São João (na Urbanização Marinasol) e no «Escondidinho», do Gilberto (no Beco do Cemitério). E gostamos...

Quando grelhamos (ou assamos, como se costuma dizer...) sardinhas em casa, há alguns aspectos a ter em consideração. O primeiro, prende-se, desde logo, com a compra do pescado.

É essencial que as sardinhas estejam e sejam frescas. Há métodos expeditos para se aferir a frescura do peixe. Um deles, poderá ser não o comprar à segunda-feira, uma vez que as lotas não funcionam ao domingo. Daí, que seja provável que o peixe vendido na segunda-feira seja o remanescente de vendas não efectuadas no sábado anterior e que tenha sido conservado até então no frio.

Outro, menos seguro, é passar pelo mercado todos os dias, e ver quem vende o quê ao longo dos dias...

Mas, o mais apropriado é verificarmos o pescado e vermos se este tem os olhos vermelhos e / ou a pele seca. Se «perdeu» as escamas e se o seu corpo está firme e sem sinais de ter sido «comprimido» pelo peso do que fica por cima.

Outro aspecto importante: a sardinha não precisa de muito tempo de sal. 20 a 30 minutos antes ir para o calor do carvão ou lenha são mais do que suficientes.

E, o terceiro: é importante usarmos carvão e madeira de qualidade. Quanto a esta última, recomendamos os ramos secos das videiras.

Por outro lado, o lume não pode estar demasiamente quente, ou frio. Importa saber controlá-lo...

Por último: quando está na grelha não se deve virar e revirar o peixe. É deixá-lo estar. Somos da opinião que, para comermos sardinhas, não precisamos de talheres e devemos usar apenas os dedos.

Acompanhamos com batata cozida com a pele e salada de pimento, tomate, pepino e cebola, regada com azeite, vinagre, sal e orégãos. Também precisamos de uma boa fatia de pão, na qual a sardinha deixará a sua gordura e que quando comido marcará o fim «oficial» do repasto.

E vinho tinto, QB. E amigos!

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