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Santuário de Fátima inaugura exposição inédita com objetos da Irmã Lúcia e Tesouros Nacionais

Santuário de Fátima inaugura exposição inédita com objetos da Irmã Lúcia e Tesouros Nacionais

No piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, os visitantes são convidados a uma experiência sensorial e contemplativa única.

O Santuário de Fátima inaugurou, no passado sábado, dia 29 de novembro, uma nova exposição temporária intitulada “Refúgio e Caminho”, dedicada ao centenário das aparições da Virgem Maria à Irmã Lúcia, quando esta residia na Galiza, Espanha, em 1925 e 1926.

Patente até 15 de outubro de 2027, a exposição reúne objetos pessoais da vidente nunca exibidos ao público, obras de arte de grande relevo, incluindo duas pinturas classificadas como Tesouro Nacional, e um conjunto de instalações que propõem ao visitante uma experiência espiritual e contemplativa única.

Juntamente com outras iniciativas promovidas pelo Santuário de Fátima, a exposição dá corpo ao primeiro ciclo de um programa de quatro anos, que se estende até 2029, dedicado aos centenários das aparições de Pontevedra e Tuy. O objetivo é aprofundar o conhecimento sobre este período menos conhecido da biografia de Lúcia de Jesus e da própria mensagem de Fátima.

Durante a sessão inaugural, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, expressou gratidão a todos os artistas, criadores, instituições e profissionais envolvidos, destacando a colaboração das entidades que cederam temporariamente peças fundamentais ao percurso expositivo.

Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima e comissário da exposição, sublinhou que o projeto resulta de um esforço de investigação continuado ao longo de décadas e dedicou a primeira visita a Luciano Coelho Cristino, antigo diretor do Departamento de Estudos do Santuário, falecido no dia 28 de novembro.

Objetos inéditos e duas obras de Tesouro Nacional

Entre os itens apresentados ao público pela primeira vez encontram-se o hábito de religiosa doroteia da Irmã Lúcia, várias cartas manuscritas, um crucifixo, as canetas com que redigiu parte das suas memórias, uma castanhola e diversos materiais de lavores, como agulhas, linhas e um dedal.

Particular destaque merece um conjunto de miniaturas litúrgicas criadas pela própria Irmã Lúcia, durante o período em que viveu com as Irmãs de Santa Doroteia, peças de grande delicadeza que ilustram a criatividade e sensibilidade da vidente.

A exposição inclui ainda duas pinturas classificadas como Tesouro Nacional: “Ecce Homo”, do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, e a “Última Ceia”, do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora.

Uma experiência sensorial e contemplativa

A exposição distingue-se também pelo seu carácter experiencial. Os visitantes podem manipular espinhos simbólicos, interagir com ecrãs e ouvir um tema musical original, com batida cardíaca enquanto metáfora do Coração de Maria, composto por Sílvio Vicente, organista titular do Santuário de Fátima.

“Queremos que os visitantes tenham uma experiência a partir dos aspetos sensoriais”, sublinha Marco Daniel Duarte, dando voz à intenção do Santuário de a exposição não ser apenas uma viagem pela história das aparições, mas também um percurso interior que convida cada visitante a olhar para o mundo e para si próprio à luz da mensagem de Fátima. Espera que os visitantes vejam que, apesar de tudo, a humanidade tem remissão e aponta como grande chave de leitura da exposição a vitória do bem sobre o mal. “Esse é o refrão de Fátima”, destacou.

Horários, acesso e programação complementar

Com entrada gratuita, a exposição pode ser visitada no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, até 15 de outubro de 2027, nos seguintes horários:

09h00 – 12h30 (última entrada)

14h00 – 17h30 (última entrada)

A exposição encontra-se aberta todos os dias, exceto na tarde de 24 de dezembro e nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro.

Os visitantes podem ainda recorrer ao acompanhamento de mediadores do Museu em visitas guiadas. Ao longo dos próximos anos, será também disponibilizada uma programação cultural paralela, com sessões temáticas mensais dedicadas, entre outros temas, à guerra, ao simbolismo do “Ecce Homo” e às interpretações históricas das aparições.

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