Faleceu, na passada terça-feira, a pianista portuguesa Maria Helena Leite de Matos da Silva, aos 100 anos. Graça Fonseca, Ministra da Cultura, presta as suas condolências à artista, que será sempre uma referência no panorama português a par da música para piano.
A Ministra da Cultura lamenta a morte da pianista Maria Helena Leite de Matos da Silva (1919-2019), celebrando cem anos inteiramente mergulhados na Música.
Helena Matos entrou no Conservatório Nacional de Lisboa com 11 anos, nos inícios da década de 30, e, depois, lançou-se numa intensa carreira desenvolvida em Portugal e no estrangeiro, onde trabalhou com todas as orquestras portuguesas, desde a Orquestra Gulbenkian às extintas Orquestra da Emissora Nacional e Orquestra Filarmónica de Lisboa, antiga orquestra do Teatro Nacional de São Carlos. Foi também empenhada divulgadora e criadora de obras dos maiores compositores portugueses do seu tempo, como Fernando Lopes-Graça, Filipe Pires ou Armando José Fernandes, a quem dedicou o último programa que interpretou no Teatro Nacional de São Carlos, na temporada 1988/89.
Do seu percurso fica o exemplo e a excelência da interpretação pianística de um repertório romântico, centro da sua carreira. O seu legado continua no percurso das gerações de músicos que ajudou a formar, entre eles nomes fundamentais como Jorge Moyano, Adriano Jordão, Manuela Toscano e Rui Vieira Nery, importantes tanto para a musicologia como para a interpretação.
O Governo português teve a honra de lhe atribuir a Medalha de Mérito Cultural em 2017, sublinhando a sua dedicação ao estudo e à interpretação musical.
À família e amigos enviam-se sentidas condolências.