«Gosto de ouvir as pessoas dizerem “a nossa Marina”» – palavras de Martinho Fortunato, Presidente do Conselho de Administração da Marlagos, no passado Encontro de 5.ª Feira do Grupo Amigos de Lagos, que teve lugar a 17 de Junho na Biblioteca Municipal Dr. Júlio Dantas.
Martinho Fortunato foi o convidado do Encontro de 5.ª Feira que, cumprindo as actuais regras sanitárias, prosseguiu o ciclo “Lagos e o Mar” e as actividades presenciais do Grupo dos Amigos de Lagos.
O representante da Marlagos começou por reconhecer que «em Portugal se perdeu muito da cultura ligada ao mar. Mantemos o respeito pela história, mas tem havido um afastamento pelo trabalho no mar». No caso de Lagos, depois da extinção da pesca e da indústria conserveira – tema do próximo Encontro –, veio a Marina ligar novamente a cidade ao mar e criar grande impacto empresarial à sua volta.
Martinho Fortunato lembrou ainda que «as pessoas que aprovaram o projecto da Marina de Lagos foram grandes visionárias» e que, hoje, há muitas cidades «com inveja pelo que aqui foi feito».
A Marina de Lagos, com 462 lugares, espaços comerciais envolventes e uma unidade hoteleira com 140 suites, «goza de grande sucesso, por estar na cidade em que está, pela posição que ocupa (...), por ser a primeira marina à entrada do Mediterrâneo e por estar no Atlântico, mas não muito exposta», de acordo com Martinho, sendo que a sua maior taxa de ocupação corresponde aos meses de Outubro e Novembro, quando os barcos vêm do norte da Europa e fazem a sua passagem para as Caraíbas.
Martinho Fortunato referiu ainda que a Marina em si «é um equipamento de efeito muito transversal», por potenciar muitos negócios e uma vez que «todos os anos surgem novas actividades». Fazendo um paralelismo com o golfe, que na sua perspectiva «tem ligação a um nicho de mercado e a um desporto», este concluiu por fim que «as marinas estão para o turismo náutico, como os hotéis estão para o turismo em geral».
O próximo encontro deste ciclo está marcado para o dia 1 de Julho, pelas 17:00 horas.