A programação do DiVaM continua, de 21 a 24 de Outubro, nas Ruínas Romanas de Milreu e na Fortaleza de Sagres, com propostas que despertam os sentidos, fomentam a experimentação e a reflexão sobre nosso património e o momento actual que vivemos, tendo por base o tema da edição deste ano do programa cultural da DRCAlg “Património, Comunidade e Inclusão”.

O projecto “Águas em Milreu” tem a inauguração marcada para o dia 21 de Outubro, nas Ruínas Romanas de Milreu, com duas sessões de abertura, às 10h30 e às 14h30. O projecto é ACASO - Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão e promove a inclusão de pessoas com deficiência. A coordenação artística é de Joana Rocha.

As Ruínas Romanas de Milreu acolhem PA´mim, PA´ti...Património, um projecto da Lais de Guia – Associação Cultural do Património Marítimo, que pretende proporcionar novos olhares sobre o património de Milreu, dando enfoque especial à inclusão de grupos diversos. A iniciativa integra a Visita“Sensorial “Sentir Milreu”, direcionada ao público invisual, a acontecer no dia 23 de Outubro, pelas 10h30. Com Fátima Cardoso, Paulo Viegas, Humberto Veríssimo e Patrícia Dores.

As Ruínas Romanas de Milreu recebem, ainda, no dia 23 de Outubro, às 17h30, a palestra intitulada “À Conversa com as comunidades de Milreu - uma espécie de Milreu dentro de Milreu”, proferida por João Pedro Bernardes, da FCHS da Universidade do Algarve. Esta pretende relembrar todas as comunidades que foram construindo Milreu enquanto sítio de vivências e como ícone patrimonial do sul português.

A palestra integra o ciclo “Amatores in Situ - O Mundo Antigo visto por quem o ama”, que vai na sua 6ª edição, um projeto da Cívis – Associação para o Aprofundamento da Cidadania.

A Fortaleza de Sagres é o palco do projecto “VOZ DO MAR - Sonic Sea e o segredos das profundezas do Mar”, no dia 22 de Outubro (para a comunidade escolar), a partir das 10h00 e, também, no dia 24 de Outubro, pelas 15h00, para o público em geral. "Voz do Mar” é uma instalação performativa e participativa inspirada no documentário Sonic Sea, que convida à reflexão sobre a riqueza da vida natural dos mares e oceanos face à atualidade de poluição sonora e destruição que a humanidade tem vindo a causar. Os participantes serão orientados num percurso através de três estações temáticas, desde a entrada do monumento, através de uma deambulação performativa, até à estrutura arquitetónica Voz do Mar, situada no promontório, num processo de escuta e descoberta.

“Num momento pós-pandémico em que a vida e a morte fizeram parar o mundo, o medo e a separação que o humano sentiu é o mesmo que tem causado ao mundo natural e selvagem que nos rodeia, escondido. Neste espetáculo, queremos incluir a comunidade e cantar para celebrar a maravilha que é estarmos juntos, queremos despertar com o que o mar tem para nos dizer, com a sua voz. Aqui, em frente ao Atlântico, na ponta da Europa, queremos ser um canal, que através da arte, toca os corações para a consciência da necessidade de uma nova humanidade, abraçando o nosso amor pelo mar que nos circula nas veias. Que por nós precisa mais do que nunca ser protegido.” refere a AORCA - Associação de Observação, Regeneração e Criação na Atualidade, promotor do projeto.

O conceito e direção artística é de Sofia Brito e a direção de produção de Alicja Gladysz. Os artistas convidados e co-criadores são: Inês Silva, Liliana Dias, Pedro Pereira e Tiago Rouxinol. “Voz do Mar” conta, ainda, com a participação do Coro Primavera e dos alunos do Curso Profissional de Teatro da Escola da Bemposta (turma 11C) e o apoio da Junta de Freguesia de São Gonçalo de Lagos, do Projecto Novas Descobertas e do Agrupamento de Escolas da Bemposta.