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Dissertação sobre a sede da Filarmónica

Dissertação sobre a sede da Filarmónica

Como sócio da A Sociedade Filarmónica Lacobrigense 1.º de Maio, desde 1992, a qual faz, em 2024, noventa e três anos de existência e que desde a sua fundação, participou e continua a participar em todos os eventos importantes que acontecem na Cidade e no Concelho de Lagos, não posso deixar de manifestar a minha tristeza pela forma como somos tratados pela autarquia.

Nos noventa e dois anos completados este ano sem interrupção de atividade, a Sociedade Filarmónica Lacobrigense 1.º de Maio dedicou a sua atividade, principalmente, ao ensino da música e à sua divulgação. Em toda a sua história foi sempre um pólo aglutinador promovendo a inserção social de todos os setores da sociedade sem exceção. Durante, quase metade da sua história, tem vivido de promessas de uma sede que lhe permita desenvolver a sua atividade condignamente no que respeita ao ensino da música, ao desenvolvimento da sua Banda Filarmónica e no acolhimento aos seus associados os quais são de extrema importância como suporte e continuidade da instituição.

As promessas de que falo começaram na década de oitenta do século passado quando foi Presidente da Câmara José Alberto Baptista, desde então o lugar foi ocupado por José Valentim, Júlio Barroso e Joaquina Matos. Atualmente, mais ou menos a meio do mandato, Hugo Pereira, no dia 1.º de Maio, no aniversário da Filarmónica, veio pedir desculpa pela falta da concretização do nosso sonho dizendo que as alterações ao Edifício Conde Ferreira estariam para breve. Passados sete meses está tudo como na década de oitenta do século passado.

Esta minha dissertação sobre o problema das instalações da Filarmónica prende-se com a forma como nos sentimos constrangidos perante a realidade de outras associações Filarmónicas algumas sediadas em aldeias com pouco mais de 2000 habitantes. É o caso de Abrigada, Concelho de Alenquer, onde nos deslocamos, com o apoio do Município, no passado dia 29 de outubro para participar no “Mês da Música” organizado pela Sociedade Filarmónica União e Progresso de Abrigada.

Exmo. Senhor diretor a pergunta é: - como é que é possível ensinar música a 42 e alunos e receber condignamente os pais e encarregados de educação e os nossos associados e, consecutivamente, ensaiar a Banda Filarmónica de modo a prepará-la para os diversos eventos para que é solicitada e cumprir as nossas obrigações como associação de Utilidade Pública com a exíguas condições da sede atual? É preciso não esquecer que as associações vivem essencialmente dos seus associados e, no caso da Filarmónica, que de dois em dois anos vai a votos para os Órgãos Sociais corre-se o risco de, por falta de instalações que permitam o convívio entre associados, não haver sócios para constituir a próxima ou as próximas listas de forma a que se possa garantir a história e o serviço Público que a Filarmónica presta à Cultura do Concelho, da Região e do País.

Vou enviar-lhe umas fotografias para que, caso julgue importante, as publique. Elas são o espelho onde, tristemente, nos apercebemos da nossa realidade. Se for importante tem autorização para adicionar o texto ou parte dele, desde que seja percetível a mensagem que quero passar.

José Rodrigues

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