O professor, artista e crítico de arte João Manuel Rocha de Sousa (1938-2021), figura central na história do ensino artístico em Portugal no período pós 25 de Abril, faleceu esta segunda-feira aos 83 anos.
Em nota enviada aos meios de comunicação, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a sua morte.
Natural de Silves, João Rocha de Sousa formou-se em pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, passando a integrar o corpo docente desta instituição em 1964. Reconhecido como um grande comunicador e divulgador, tanto pelos seus pares como pelos alunos, João Manuel Rocha de Sousa teve um papel central no ensino das Belas Artes em Portugal, na sua inserção social e no mundo artístico, tendo apoiado diversos jovens artistas em início de carreira. Para além da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, foi também docente na Universidade Aberta.
«Peça fundamental da profunda revisão curricular dos Estudos Superiores de Artes após o 25 de Abril», João Manuel Rocha de Sousa «será sempre recordado pelo seu contributo para a modernização do ensino artístico em Portugal», pode ler-se.
Membro efectivo da Academia Nacional de Belas, dos corpos diretivos e técnicos da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Associação Internacional de Críticos de Arte, manteve uma vasta atividade como crítico de arte, colaborando com diversas revistas e jornais e tendo prefaciado dezenas de catálogos de exposições.
A par do seu percurso académico, João Manuel Rocha de Sousa deixa também uma obra artística significativa, representada em diversas coleções nacionais, como a Coleção de Arte Contemporânea do Estado. Colaborou em programas para televisão sobre artes plásticas e cultura artística, destacando-se como um comunicador exemplar, e realizou vários filmes de autor e trabalhos de ensaio em cinema e vídeo, nomeadamente no âmbito das actividades da Universidade Aberta. Mais recentemente, dedicou-se à criação literária, tendo publicado estudos, obras de ficção e de teatro.
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terraruiva.pt.