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APSTE afirma que palavras de Graça Freitas são um verdadeiro atentado à sobrevivência de todo um sector de eventos culturais

APSTE afirma que palavras de Graça Freitas são um verdadeiro atentado à sobrevivência de todo um sector de eventos culturais

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos condena veementemente as declarações recentemente proferidas pela Directora-Geral da Saúde, ao defender uma maior restrição dos eventos, e relembra que existiram vários exemplos de sucesso desde o início da pandemia, tais como a Festa do Avante, a Feira do Livro ou o Cubo Mágico    

Após a realização do Grande Prémio de Fórmula 1 em Portugal, a Directora-Geral de Saúde, Graça Freitas, considerou que “Temos de restringir muito os eventos”. A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) vem por este meio reprovar estas afirmações que contribuem, directa ou indirectamente, para a provável falência de centenas de empresas de um dos sectores mais fustigados pela Covid-19 e para a ida para o desemprego de milhares de portugueses altamente especializados.

“É incompreensível e lamentável que alguém com as responsabilidades e protagonismo recente da Dra. Graça Freitas venha para a praça pública proferir declarações tão irresponsáveis, sobretudo num dos momentos mais críticos para um dos sectores de atividade mais importantes para este país. É importante não esquecer que os eventos estão diretamente ligados ao Turismo, um dos principais motores da economia nacional nos últimos anos. Se até aqui já tínhamos pouco ou nenhum trabalho, qual acham que será a reação do mercado e das pessoas a este tipo de afirmações?”, questiona Pedro Magalhães, Presidente da APSTE.

Recorde-se que, no passado mês de Agosto (Lisboa) e Setembro (Porto), a APSTE promoveu duas acções de protesto originais para chamar a atenção do Governo para as sérias dificuldades que atravessavam e atravessam as empresas do setor desde o surgimento do vírus. À época das duas manifestacções, a APSTE lançou dois inquéritos aos seus associados por forma a perceber objetivamente qual a gravidade da situação: no primeiro, feito no final de maio, 56% do universo de empresas associadas indicavam não ter liquidez suficiente para pagar os salários nos meses de Agosto e Setembro; no segundo, feito em Agosto, 20% do universo de inquiridos indicava já ter dado início a processos de despedimento.

“Se em Agosto a situação já era desesperante, basta fazer as contas e imaginar o que estarão a passar agora estas empresas, e respetivos colaboradores, depois de sete meses sem trabalhar. Segundo o IGAC aconteceram 12 mil eventos culturais em Portugal desde 1 de junho e, com mais ou menos celeuma, não se registaram problemas de maior ou potenciais surtos de Covid-19. Só pedimos que nos deixem trabalhar. Respeitando as regras, sem dúvida, mas não nos criem ainda mais obstáculos do que os que já temos com intervenções infelizes. Quanto a nós, a Directora-Geral de Saúde devia retratar-se ou, no mínimo, esclarecer estas afirmacções, porque todos os empresários e trabalhadores deste setor se sentem altamente revoltados e injustiçados”, conclui Pedro Magalhães.

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