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A pesca da sardinha e as fábricas de conservas

A pesca da sardinha e as fábricas de conservas

“Hoje não há uma única traineira em Lagos” – palavras de Pedro Pimenta, no "Encontro de 5ª Feira" do Grupo Amigos de Lagos.

Prosseguindo o ciclo dedicado a “Lagos e o Mar”, o passado "Encontro de 5ª Feira", que sempre decorre na Biblioteca Municipal Dr Júlio Dantas, debruçou-se sobre duas actividades que há muito pertencem ao passado da cidade: a pesca da sardinha e as fábricas de conservas de peixe.

O convidado deste encontro, Pedro Pimenta, sócio fundador do Grupo dos Amigos de Lagos e co-fundador do Estaleiro Naval José d’Abreu Pimenta e Filhos, recordou, numa exposição bem documentada, a importância económica e social que a pesca e as conservas tiveram em Lagos, «cidade que nós, lacobrigenses, amamos e que, quando nos ausentamos para longe, sentimos imensas saudades».

Lembrou principalmente José d’Abreu Pimenta, seu avô, «homem de negócios multifacetado, armador de pescas, industrial de construção naval e de conservas de peixe». Figura marcante no tecido produtivo local até depois dos anos 70 do século passado, foi apontado como exemplo de uma época em que havia produção diversificada e a cidade não dependia quase só de uma actividade predominantemente sazonal. Tudo se alterou com o «abate das embarcações (traineiras), o fecho das fábricas» e os estímulos concedidos para destruição das várias indústrias, de que já nem as chaminés restam. Ficou-nos, entre outras, a memória das conservas “Sogal”, de grande qualidade, que Lagos produzia, exportava e “tão apreciadas eram no norte da Europa”.

A «baía de Lagos, excelente pista de desportos náuticos», como Pedro Pimenta referiu, é também «porta de partida e de chegada desse mar imenso com tanto para explorar».

O próximo encontro deste ciclo está marcado para o dia 5 de Agosto, pelas 17:00 horas.

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