O Gimnásio Clube de Faro volta a trazer ao Algarve o que de melhor se faz a nível nacional na área do Spoken Word.
Serão três dias de palavra dita, poesia e performance, numa abordagem contemporânea, que funde a arte da palavra com dança, música, teatro e vídeo.
O público também é convidado a partilhar textos e poemas em serões de “microfone aberto”, em que o único limite é a vontade de participar.
Dia 17.Nov (Sexta-feira) pelas 21H45,
Cláudia Tomé Silva que irá apresentar a performance "Emoções Bárbaras"
Um ser num avançado estado de evolução pede ao seu mestre para regredir porque sente falta das emoções e sensações bárbaras, como fome, frio, prazer, medo e saudade.
Uma viagem ao mundo psíquico, carnal e visceral do ser humano, numa performance de poemas autorais, com banda sonora.
"Permite que te aconteça tudo: beleza e terror. Simplesmente continua, nenhum sentimento é definitivo." (R.M. Rilke).
Maria Giulia – “A palavra mais bonita”
Após a morte de seu pai por ELA Bulbar, Maria Giulia Pinheiro concebeu um espetáculo lírico em que homenageia as palavras que ele não pode dizer. A partir de palavras escolhidas pela plateia, a poeta-performer escreve poemas ao vivo e conta a história de como aprendeu a comunicar sem a linguagem verbal quando seu pai perdeu a capacidade de falar, um ano antes de sua morte.
Maria Giulia foi vencedora da edição de 2022 do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina com o texto “Isso não é relevante”. Em 2021, lançou o álbum de spokenword “RãCô”, com Marcus Groza, premiado pelo Fundo Municipal de Cultura de São José dos Campos. Em 2020, ficou em 4. Lugar na Campeonato do Mundo de Poetry Slam, da França, representando Portugal.
Dia 18.Nov (Sábado)
10H - WORKSHOP " DE PALAVRA FALADA – “ O QUE É NOMEADO NASCE”
com MARIA GIULIA
16H- WORKSHOP – “ LEITURA CO-CRIATIVA com PAULO CONDESSA
21h45 – Espetáculos
Francisca Bartilotti e Pedro André – “Como usar gruas para transportar contrabaixistas”
O Pedro falou em gruas. A Francisca sugeriu que essas grutas transportassem contrabaixistas às casas das pessoas tristes. Depois, apareceu o poema que sugeria: "Libertá-los nos telhados da terra / Deixar que nos mostrem / Como se abraça / E como se toca". Da poesia da imaginação até aos abraços, surge a vontade de partilhar carinho. De ver nos dias mergulhos no mar e passeios de bicicleta. De observar pássaros - de ser pássaros, de vez em quando. Deixamos as gruas em casa, mas trazemos o contrabaixo. E música e palavras com que esperamos poder construir casas - tijolo a tijolo.
“ Stand up Poetry” - Poesia em pé com Paulo Condessa
De Camões a Woody Allen, nada tem a ver com nada.
Mas um tiro ao lado pode acertar-nos em cheio, um preconceito pode abrir um furo no peito.
Com todo o respeito (e alegria), vou largar palavras sem açaimes e desmontar a Poesia!
Não digo mostrar as cuecas mas pelos menos os andaimes.
Dia 19.Nov (Domingo) às 16hH
Calceteiros de Letras
Momento “Calceteiros de Letras”, com o envolvimento de coletivos ligados ao mundo das artes, escolas associações, poetas amadores, que em conjunto preparam performances à volta do imaginário da poesia.
Entrega do Prémio “Calceteiros de letras”
Este final de tarde culmina com a entrega do prémio Calceteiros de Letras (o vencedor será divulgado no próprio dia), que distingue um artista ou entidade que ao longo dos anos tenha contribuído para a difusão da palavra e da poesia de forma criativa e original.
O prémio é criação do artista plástico João Frank, que é ainda o autor de vídeo mapping que vai ser exibido na abertura de cada uma das sessões do Festival.