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ONG Ajuda em Acção continua a entregar cartões de apoio alimentar no pós-pandemia

ONG Ajuda em Acção continua a entregar cartões de apoio alimentar no pós-pandemia

As restrições da pandemia estão a cair de dia para dia, mas os seus efeitos socioeconómicos continuam a sentir-se. A isto junta-se o impacto da actual guerra na Ucrânia que intensifica o clima de incerteza. Razão que leva a ONG Ajuda em Acção a continuar a entregar cartões de apoio alimentar a nível nacional, a mulheres e jovens em situações de extrema fragilidade, sempre que justificável e necessário. Um apoio que se rege pela questão da dignidade que se levanta em contextos de emergência.

O início do fim da pandemia da COVID-19 parece estar iminente. Dia após dia caem restrições e o medo frente ao vírus vai-se dissipando, muito graças à vacinação. A pouco e pouco está a ser possível voltar a respirar. Mas a situação de vulnerabilidade social que muitas famílias vivem, famílias como aquelas que a ONG Ajuda em Acção apoia, continua ainda muito complicada. Os efeitos socioeconómicos da pandemia estão ainda longe de terminar para alguns portugueses que se viram a perder todos os seus rendimentos e, consequentemente, o acesso a bens de primeira necessidade.

Em Março de 2020 a Ajuda em Acção reprogramou a sua actuação para que “fosse possível dar uma resposta rápida e concertada às famílias que foram atingidas com forte impacto no primeiro momento do confinamento”, relembra Mário Baudouin, Diretor de Programas da ONG, aquando da distribuição de cartões de apoio alimentar que garantiram a alimentação de 443 pessoas, entre as quais 249 eram crianças. Agora este apoio mantém-se a mulheres e jovens em situações de extrema fragilidade, sempre que justificável e necessário.

Sabíamos que deixar os grupos sociais mais frágeis para trás iria trazer uma dificuldade muito grande de reintegração quando toda a dinâmica social regressasse à possível normalidade”, salienta Mário Baudouin. Assim, a pandemia não apenas fez nascer o programa de resposta de emergência social através da distribuição de cartões de apoio, como também acabou por dar força à continuidade deste tipo de apoio, como uma forma de actuação a longo prazo da ONG Ajuda em Acção que tem como missão a construção de um mundo mais justo, para todos.

Pandemia e guerra da Ucrânia levantam questão da dignidade na resposta de emergência!

A pandemia acabou por exacerbar as desigualdades sociais e fez questionar a exequibilidade dos “Objectivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030”, promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Alcançar a fome zero e erradicar a pobreza em 8 anos parecem duas metas difíceis de atingir, mas o contexto pandémico à escala global não pode ser visto como o único fator impactante. Os conflitos, como indica o próprio Índice Global da Fome de 2021 traduzido para português pela ONG Ajuda em Acção, também pesam muito. A recente guerra da Rússia sobre a Ucrânia é um claro exemplo disso.

E as consequências já chegam além-fronteiras: além da crise de deslocados originada, na Europa sente-se uma grande subida de preços em algumas matérias-primas como o trigo. No local, a Fundação Ajuda em Acção, em parceria com os membros da Alliance2015, People in Need (PIN) e ACTED, já estão a apoiar mais de 27.000 pessoas - em zonas afectadas directamente pelo conflito e que recebem de deslocados – atendendo às suas necessidades mais básicas. A PIN, além de água, comida, produtos de higiene e sacos-cama, já apoiou mais de 3.300 pessoas monetariamente. Trata-se de uma ajuda mensal e que se estenderá por 3 meses, para que estas pessoas possam comprar o que mais necessitam. Na maioria dos casos, comida (37%).

Legenda das Imagens:

1. Mário Rui e beneficiária durante a primeira resposta de emergência em Camarate organizada pela ONG;

2. Estado de emergência na Ucrânia.

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