Dez anos foi o tempo que José Henrique Figueiredo Cortes dedicou à execução manual do seu presépio tradicional. Um trabalho iniciado em 2011 e que, ano após ano, foi recebendo acrescentos com novas figuras e cenas representativas de uma vivência que quis recordar e dar a conhecer às gerações mais novas.
A contabilização das peças fala por si: 275 figuras de personagens variadas, 368 figuras de animais, 38 casinhas, a que se somam moinhos, uma igreja, uma escola, um coreto, uma nora com o burro, carroças puxadas por bois, a apanha da azeitona, o lavrar da terra, as lavadeiras, os serradores, carpinteiros, o barbeiro, o amola-tesouras, o ferreiro, o lenhador, entre outras atividades, algumas das quais já desaparecidas. Tudo isto complementado com engenhosos e complexos mecanismos que dão movimento, luz e até água às figuras e cenas representadas.
A visita ao Presépio de José Cortes é já um ritual das festividades de Natal em Lagos. Para que seja possível dar continuidade a esta tradição, o autor decidiu dar um novo passo na parceria já existente com a autarquia lacobrigense e doar ao município a sua obra, de modo a garantir que o presépio possa continuar a ser exposto e visitado durante a quadra natalícia nos anos vindouros.
A proposta foi presente à última reunião do executivo municipal, que não só aceitou a doação do presépio, que irá reforçar o espólio artístico do município, como aprovou, por unanimidade, um voto de louvor a José Henrique Figueiredo Cortes pelo seu trabalho e dedicação.
O Presépio de José Cortes estará em exposição e visitável no Centro Cultural de Lagos de 2 de Dezembro até 6 de Janeiro, no horário habitual deste equipamento, integrando o programa das festividades de Natal.
Sugestão: Para conhecer melhor o autor do presépio convidamo-lo(a) a ler o artigo sobre José Cortes, publicado na rúbrica “Gente de Cá” da edição n.º 2 – dezembro/2018 da LAGOS – Revista Municipal (páginas 48 e 49), disponível aqui.