Está em curso a empreitada de substituição das redes de abastecimento de água, drenagem de águas residuais domésticas e águas pluviais na Avenida Cabo Bojador, em Lagos. A intervenção consiste, segundo a Autarquia, na substituição das redes de saneamento e abastecimento de água, integrando igualmente trabalhos de pavimentação da via e o tratamento das áreas envolventes.
Os trabalhos, já em curso no terreno, iniciaram-se com a abertura de valas e a ligação da nova conduta de distribuição de água, o que obrigou à interrupção pontual do seu abastecimento.
Nesta fase, procedeu-se igualmente à remoção das árvores cujas raízes estavam a provocar deformações no pavimento, condicionando a mobilidade pedonal e comprometendo a integridade das infra-estruturas subterrâneas. O Município esclarece que esta medida é implementada «apenas em situações muito excepcionais», sendo sempre acompanhada de «acções de mitigação»desse impacto.
Neste sentido, a intervenção contempla a substituição destas árvores abatidas (Casuarinas) por outras espécies mais adequadas às características da zona, como a Cercis Siliquastrum (Olaia), acompanhando toda uma reorganização dos espaços existentes, que tem em conta a localização das infra-estruturas, as ruas transversais, a sinalização vertical e a iluminação pública, de modo a não potenciar conflitos futuros ou transtornos aos transeuntes.
A escolha das novas espécies salvaguarda igualmente outras preocupações, como sejam a qualidade ambiental em contexto urbano (ao funcionar como estrutura e filtro de retenção de poluentes); a melhoria do conforto (criando sombras para tornar o atravessamento do espaço público e a estadia mais aprazíveis); e, ainda, a qualificação visual do espaço.
«As espécies escolhidas encontram-se bem adaptadas ao clima da região, apresentando características que as tornam mais resistentes», esclarece a Autarquia.
Ao nível paisagístico, o projecto prevê ainda a reorganização dos espaços; a criação de passeios com espaço de circulação livre e contínuo; a melhoria da acessibilidade (com colocação de pavimento táctil e rebaixamento de lancis nas zonas de passadeiras); a criação de faixas de vegetação para separar a zona pedonal das faixas de circulação automóvel; a instalação de mobiliário urbano e a relocalização de sinalética.
Proporcionar uma maior fluidez da circulação pedonal, com aumento de mobilidade e segurança, é um dos objectivos da intervenção à superfície, que visa também criar uma imagem estética mais unificada ao longo desta artéria urbana.