O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, visitou hoje, 4 de Novembro, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve para proceder à inauguração do novo Hospital Terras do Infante, em Lagos, bem como à abertura de três novas unidades de referência que vão aumentar e melhorar a capacidade de resposta na Unidade Hospitalar de Faro em áreas com a Medicina Intensiva, o AVC e a Ortoprotesia.
Na ocasião o governante destacou a importância deste novo hospital para a população das Terras do Infante, evidenciando o facto do mesmo agora passar a pertencer à rede do SNS.
Também o presidente da Câmara Municipal de Lagos, Hugo Pereira, salientou a importância deste novo hospital, o qual possibilita melhores condições de atendimento aos utentes, bem como novas valências até então inexistentes, como é o caso da Cirurgia de Ambulatório, entre outras.
Já a Presidente do Conselho de Administração, Ana Varges Gomes, evidenciou todo o trabalho que tem vindo a ser efectuado em prol da melhoria de cuidados no CHUA, o qual integra agora este novo hospital. “Este é um projecto que nós sonhamos, valeu a pena, e é seguramente uma aposta ganha para os nossos profissionais, para os nossos doentes e para a saúde no Algarve”, sustentou.
O Hospital Terras do Infante, que substitui assim o Hospital de Lagos (o qual funcionava em antigas instalações, datadas de 1496, no centro histórico da cidade), conta com instalações modernas, funcionais e cumpridoras de todos os critérios de segurança e qualidade, dispondo de 44 camas de Internamento, Bloco Operatório e Recobro, Consultas Externas, Laboratório, Imagiologia, Ginásio de Apoio à Medicina Física e Reabilitação, Farmácia, Esterilização e um Serviço de Urgência Básica, bem como serviços de apoio, repondo e recuperando assim a resposta em actividade cirúrgica e ampliando a capacidade de internamento.
Faro conta com novo Centro de AVC e Unidade de Medicina Intensiva, com mais 14 camas
A visita do ministro passou ainda pela Unidade Hospitalar de Faro onde Manuel Pizarro inaugurou a nova Unidade de Medicina Intensiva (UMI) e o novo Centro de AVC.
Criada de raiz para assegurar cuidados a doentes que carecem de um nível de monitorização e cuidados intermédios polivalentes (nível 2), a nova Unidade de Medicina Intensiva conta com 14 camas (número esse passível de expansão) e partilha uma área destinada também a doentes normalmente referenciados para Centro de Acidente Vascular Cerebral.
A alocação de um Centro de AVC numa área próxima dos Cuidados Intermédios contribuirá assim para a optimização do atendimento aos doentes de AVC com necessidade do aumento do nível de cuidados.
Com a abertura do Centro de AVC, também hoje inaugurado, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve reforça a melhoria da qualidade e segurança, com autonomia na região dos cuidados prestados, e assegurando novos avanços no tratamento como a Trombectomia, Intervenção Vascular, Angiografia e a articulação com a Reabilitação Intensiva prestada no CHUA, também em CMR Sul, em São Brás de Alportel, e agora em Lagos.
Este será o segundo polo nacional com a Certificação Europeia de Qualidade, actualmente em curso. O Centro de AVC do CHUA é uma mais-valia para a região, contribuindo, de forma significativa, para a melhoria do tratamento do doente com AVC em Portugal.
Ministro entregou primeira ortótese feita no CHUA a uma criança
Com o objectivo de contribuir para uma estratégia de gestão assente em pressupostos de sustentabilidade foi ainda inaugurado hoje pelo Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o Núcleo de Produtos de Apoio (Laboratório de Ortoprotesia), uma estrutura que visa centralizar todo o sistema de Ajudas Técnicas das várias unidades do CHUA, contemplando assim todas as necessidades dos doentes, em todo o processo terapêutico.
Após a inauguração, o Ministro da Saúde entregou a primeira ortótese de membros inferiores produzida nesta nova valência agora inaugurada no CHUA a uma criança.
“Queria dar uma nota muito especial a este novo serviço de produtos de saúde e laboratório de ortoprotesia. É um sinal de algo que não pode deixar de estar presente num serviço de saúde, que é a preocupação e o carinho em relação às pessoas que precisam de produtos de apoio diferenciados e adaptados a cada necessidade, e ao mesmo tempo é uma visão moderna sobre a matéria, baseada na utilização das novas tecnologias e na lógica da economia circular”, referiu Manuel Pizarro.
Esta resposta, única no panorama de resposta hospitalar no SNS, pretende minimizar tempos de internamento e diminuir tempos no processo de reabilitação, e agilizará avaliações individualizadas, específicas e estruturadas no âmbito dos produtos de apoio.
Este processo, possibilita a diminuição de custos, gerando rentabilidade que envolve a economia circular, com uma expectativa de crescimento nos próximos anos.
A reutilização, recuperação e reciclagem dos recursos usados, alargando o tempo de vida no sistema, envolve, de forma determinante, a comunidade regional, reduzindo o impacto do ciclo de vida dos produtos e serviços.