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Lagos: Uma semana depois, reabertura das Esplanadas revela perspectivas de futuro pouco animadoras

Lagos: Uma semana depois, reabertura das Esplanadas revela perspectivas de futuro pouco animadoras

Hoje, dia 15 de Abril, o jornal Correio de Lagos (CL) prestou visita a alguns estabelecimentos emblemáticos da cidade com serviço de esplanada, entre as 14:00 e as 15:30 horas, por forma a fazer um balanço geral relativamente à afluência de pessoas na última semana.

Marta Ferreira

Beatriz Maio

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No âmbito do actual Plano de Desconfinamento, o movimento registado em Lagos a par da reabertura das esplanadas (com arranque na passada segunda-feira de 5 de Abril) mostrou-se algo «fraco», nas palavras dos funcionários de diversos restaurantes, cafés e pastelarias.

É sabido que o sector da Restauração e Bebidas tem sido um dos mais afectados pela crise pandémica, em parte pela forte dependência do Turismo. Além disso, muitos empresários dizem sentir-se insuficientemente apoiados por parte do Governo, motivo que levou à realização de manifestações do Norte ao Sul do país.

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«Não é o que esperávamos», afirmou Diego Morato

Diego Morato, funcionário da afamada Pastelaria "Taquelim Gonçalves", localizada na Rua da Porta de Portugal, relatou que houve dias com mais movimento e outros mais calmos. «Por enquanto está razoável (…), mas não é o que esperávamos», afirmou.

Em sua opinião, as pessoas ainda estão a adaptar-se a esta nova realidade e são poucos os que se sentam na esplanada. Da parte da manhã, há quem vá tomar o pequeno-almoço e, ao final da tarde, depois do trabalho ou do passeio, há quem tome café.

Já à noite, de acordo com os inquiridos, não se avistam tantas pessoas na rua. As perspectivas para o Verão assentam na possibilidade de o Turismo poder vir a melhorar a situação difícil que o sector atravessa, existindo, segundo os seus profissionais, «esperança de voltar a trabalhar normalmente». Contudo, as expectativas são ainda incertas e é necessário perceber como se desenvolverá a pandemia até lá.

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Bruno Silva: «Tem estado mesmo fraco»

De acordo com Bruno Silva, colaborador do Restaurante "O Cavaleiro", sito no Centro Histórico da cidade, «tem dias que nem almoços nem jantares» se serve. Não obstante, o serviço de take-away tem estado sempre a funcionar.

Devido ao tempo solarengo que se fez sentir em Lagos, esta quinta-feira foi até um bom dia para a “casa”: serviram cerca de oito almoços. Contudo, «à parte de hoje, tem estado mesmo fraco», desabafou Bruno. «Se este Verão fosse igual ao de 2020, já não seria mau. O ano passado ainda foi mais ou menos, este ano não acredito», confessou.

Continuando a rota, a Gelataria e Snack-Bar "Britaica", também localizada no Centro Histórico de Lagos, optou por não prestar declarações ao CL, apesar de apresentar uma esplanada até composta. O Café "Gil Eanes", frente ao Edifício Antigos Paços do Concelho, mesmo à direita da Estátua de D. Sebastião, mostrava um ambiente tranquilo e algumas mesas preenchidas. O Café "Oceano", por exemplo, dispunha apenas de uma mesa ocupada. Por fim, a esplanada do Restaurante “Adega da Marina”, na Avenida dos Descobrimentos, estava completa, avistando-se ao longe as mesas "fartas".

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«De tarde ainda é pior», segundo Paula Martins

O Café "A Cantina", junto ao Mercado de Santo Amaro, tem tido alguma afluência de acordo com a funcionária Paula Martins. Ainda assim, «nada como tínhamos antes», desilindou: «Foi uma semana mais fraquinha e agora de tarde ainda é pior». Explicou que as manhãs são mais movimentadas devido ao mercado, que sempre atrai mais clientes; ao que parece, a maioria das pessoas não perdeu o hábito de beber o seu café matinal.

Relativamente ao futuro, Paula acredita que o Verão será melhor e que o sector se irá recompor.

Ao que se pôde apurar junto dos empregados destes estabelecimentos, as normas em vigor impostas pela Direcção-Geral de Saúde têm sido cumpridas pela maior parte dos clientes, havendo, todavia, quem ainda esqueça a máscara; já outros, intentam rumar ao interior do estabelecimento sem a colocar. De modo geral, a maioria «está consciente» das restrições e «cumpre o distanciamento» de dois metros, pelo que o staff refere estar atento a comportamentos menos seguros.

Com o Verão à porta, o sector da Restauração e Bebidas já viu dias melhores. O cenário revela-se ainda inconstante e muitos são os que crêem que a pandemia pode piorar – especialmente dada a tendência de aumento do número de casos nos últimos tempos, no que se refere à região algarvia.

(Em permanente actualização mediante reportagem com outros estabelecimentos comerciais de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo)

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Galeria de fotografias

Foto principal – Café "A Cantina".

Da esquerda para a direita:

Foto 1 – Pastelaria "Taquelim Gonçalves".

Foto 2 – Café "Gil Eanes".

Foto 3 – Restaurante "O Cavaleiro" (frente).

Foto 4 – Restaurante "O Cavaleiro" (lateral).

Foto 5 – Restaurante "Adega da Marina".

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