“As pessoas já têm certificados da vacina. Agora, em cada três, quatro dias ainda terem de fazer testes e mais testes? É uma palhaçada!
Um roubo às pessoas! Por norma, deixei de aceitar jantares de grupo por causa disso”, lamenta, em declarações ao ‘CL’, Artur Craveiro. E deixa um recado: “Temos de saber viver com Covid-19, tal como outras doenças”.
O empresário de restauração Artur Craveiro decidiu não exigir testes à Covid-19 aos clientes que tomam refeições, apenas almoços, no seu estabelecimento situado na cidade de Lagos e mostra-se indignado com esta nova imposição do Governo, resultante do agravamento da situação pandémica em Portugal.
“Testes? Para ser sincero, não tenho feito, nem exigido aos meus clientes. Em média, são 15 por dia. Não são muitos, só sirvo almoços. Chegam ao restaurante, já os conheço, pois são clientes habituais, diários, apenas portugueses, trabalhadores da construção civil. Mostram-me o certificado da vacina contra a Covid-19, garantem-me que têm realizado testes e está tudo bem. Tenho confiança nas pessoas”, conta, ao ‘Correio de Lagos’, Artur Craveiro, proprietário do restaurante «Chefe Artur», a funcionar há 13 anos e que, após o habitual fecho durante a quadra natalícia, reabrirá no dia 03 de Janeiro de 2022.
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“Também tenho clientes que são elementos de forças de segurança em Lagos, sei que estão vacinados e com testes. Tudo tem decorrido normalmente.”
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E acrescenta: “Também tenho clientes que são elementos de forças de segurança em Lagos, sei que estão vacinados e com testes. Tudo tem decorrido normalmente. As pessoas já têm certificados da vacina. Agora, em cada três, quatro dias ainda terem de fazer testes e mais testes? É uma palhaçada! Um roubo às pessoas! Por norma, deixei de aceitar jantares de grupo por causa disso. E em muitos restaurantes em Lagos também não são pedidos testes e nada é exigido”.
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“Estamos vacinados [ele e o filho que ali trabalha] e temos feito testes a nós próprios. De resto, no meu restaurante tenho uma embalagem com testes para cinco pessoas”
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Sobre as multas em que incorrem tanto os proprietários dos restaurantes, como os clientes, infractores, Artur Craveiro reage: “Multas? Já pago muito dinheiro, IVA, IRS e outros impostos. E mesmo que esteja doente, nem tenho direito a baixa.”
Este empresário e cozinheiro, de 53 anos de idade, conta com um dos filhos a trabalhar consigo no restaurante e garante que ambos tomaram as necessárias medidas no âmbito da Covid-19. “Estamos vacinados e temos feito testes a nós próprios. De resto, no meu restaurante tenho uma embalagem com testes para cinco pessoas, que comprei num supermercado por dez euros”, afirma.
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“Com esta situação que estão a impor, muitos proprietários de restaurantes ficam em casa, não chegarão a abrir e, infelizmente, acabarão por ver ‘estoirar’ os seus negócios, contribuindo para aumentar o desemprego”
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Artur Craveiro, que também trabalha no seu terreno agrícola localizado entre Odiáxere e Bensafrim, no concelho de Lagos, afasta a ideia de encerrar o restaurante durante este período das novas medidas governamentais. “Fechar para quê? A minha vida é casa, restaurante e herdade. Não me meto em confusões. Quero é trabalhar! Temos de saber viver com Covid-19, tal como outras doenças”. sublinha. “Mas com esta situação que estão a impor, muitos proprietários de restaurantes ficam em casa, não chegarão a abrir e, infelizmente, acabarão por ver ‘estoirar’ os seus negócios, contribuindo para aumentar ainda mais o desemprego”, alerta, revoltado, este empresário lacobrigense.