Em Carta Aberta à Ministra da Saúde, Marta Temido, o Município de Aljezur reivindica uma vez mais a colocação de médicos de família no concelho.
A Câmara Municipal de Aljezur tem vindo a alertar, desde o início do presente ano, para a necessidade de colocação de médicos de família. Com a aposentação do Director do Centro de Saúde e a saída da médica que prestava serviço em Odeceixe, o quadro dos médicos em Aljezur ficou reduzido a somente um profissional, esta é uma situação que, na óptica da autarquia, «não pode acontecer», lesando em muito os aljezurenses.
Foram enviadas várias comunicações ao Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Algarve, assim como aos dois Secretários de Estado da Saúde, tendo sido mais recentemente endereçado um pedido à própria Ministra da Saúde. Nas várias missivas, o Presidente da Câmara Municipal de Aljezur, José Gonçalves, não só alertou como também manifestou a sua preocupação sobre a situação que se vive no concelho em termos de disponibilidade de médicos com respeito ao centro de Saúde de Aljezur e Extensões de Saúde de Odeceixe e Rogil.
«Sabemos do esforço que o Ministério está a fazer com a situação da pandemia, que vivemos há mais de um ano, mas lembramos que a autarquia sempre esteve disponível para encontrar soluções», afirma – veja-se o apoio ao aluguer de casa para médicos, equipamento para fisioterapia, Unidade Móvel de Saúde, Gabinete Médico Dentista e, mais recentemente, o acordo para o Curso de Medicina no Algarve.
Foi, inclusive, aberto concurso para colocação de médicos nos centros de saúde de todos o país, verificando-se que no Algarve abriram 28 vagas. Porém, Aljezur não foi contemplado. Para o Presidente da autarquia, esta situação é «incompreensível e não aceitável» tendo em conta «a realidade e as necessidades» da população, as quais, ao que consta, «não são desconhecidas dos responsáveis».
«Exigimos que sejam encontradas soluções de imediato de modo a colmatar esta situação penalizadora (...) das nossas populações, que tanto necessitam de médico de família», sendo este um problema que «coloca a nossa imagem em causa enquanto destino turístico», manifesta o Município.