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Autárquicas 2021: Dino Lourenço, candidato independente à presidência da Câmara Municipal de Vila do Bispo, justifica ao CL: «Nos últimos anos tem estado tudo muito parado» e «há muita coisa para fazer»

Autárquicas 2021: Dino Lourenço, candidato independente à presidência da Câmara Municipal de Vila do Bispo, justifica ao CL: «Nos últimos anos tem estado tudo muito parado» e «há muita coisa para fazer»

O candidato lamenta estarem «a faltar as bases» no concelho e diz que os projectos do programa eleitoral que agora lidera «a seu tempo serão conhecidos». Mesmo que seja eleito, Dino Lourenço não pensa deixar a sua actividade de bombeiro em Vila do Bispo, mas também lembra que o futuro a Deus pertence.

«É o início de um novo projecto, um projecto cem por cento independente, sem qualquer tipo de apoio partidário (...) que agrega pessoas dos vários quadrantes políticos, da esquerda à direita, e independentes. E o que nós pretendemos com isto é fazer alguma coisa pelo nosso município, porque nos últimos anos tem estado tudo muito parado», sintetizou, em breves declarações ao nosso jornal, Dino Lourenço, de 42 anos, após ter entregue no Tribunal de Lagos, no dia 30 de Julho de 2021, pelas 16:00 horas, o processo da candidatura autárquica ao município de Vila do Bispo, onde encabeça a lista para a Câmara.

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Correio de Lagos – O que falhou, na sua opinião, nos últimos anos neste concelho?

Dino Lourenço – Cada um tem as suas políticas, tem a sua estratégia e o seu método de trabalho. Nós temos o nosso, temos algumas ideias e é isso que nos está aqui a mover para avançar com uma candidatura independente num concelho, onde as coisas têm estado paradas.

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«Se há coisa que devemos fazer é começar pelas bases da nossa casa»

CL Qual é a sua principal aposta para os próximos quatro anos se for eleito presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo?

DL – Em primeiro lugar, há muita coisa para fazer. Se há coisa que devemos fazer é começar pelas bases da nossa casa. E são essas bases que estão a faltar e que têm de ser concertadas.

CL – Refere-se a pessoal, projetos?

DL – Os projectos a seu tempo serão conhecidos. Agora é uma fase em que entregámos a nossa candidatura, é oficial. Vamos partir para a luta, no bom sentido, pelo nosso concelho, pelas pessoas.

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Assinaturas? «Poderíamos ter arranjado muitas mais, mas estas foram as suficientes», garantiu o candidato, sem referir qual o número

CL – Quantas assinaturas conseguiu recolher o movimento de cidadãos independentes "Somos pelo Concelho de Vila do Bispo", que o senhor lidera?

DL – Olhe, recolhemos muitas... Eu sinceramente não sei o número, mas sei que foram muitas. Poderíamos ter arranjado muitas mais, mas estas foram as suficientes.

CL – Foi difícil?

DL – Não, não foi difícil porque algumas pessoas também estão descontentes com a actual situação. E conseguimos meter um número substancial de pessoas nestas assinaturas.

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Campanha de porta à porta, dentro das limitações impostas pela Direcção-Geral da Saúde

CL – Como vai ser a campanha eleitoral deste grupo de cidadãos independentes no concelho de Vila do Bispo?

DL – Neste momento, dadas as circunstâncias da pandemia, é imprevisível sabermos como é que as coisas se vão desenvolver. Mas penso que as pessoas já têm alguma ideia formada e vamos trabalhar porta a porta, dentro das possibilidades e dentro daquilo que for possível, de acordo com as normas da Direcção-Geral da Saúde. É importante salvaguardar a saúde pública.

CL – Deslocam-se aos mercados municipais e a outros locais públicos?

DL – É uma questão que ainda estamos a planear.

CL – Quantos elementos levam para o terreno em campanha?

DL – Isso tem a ver com as dinâmicas da própria campanha. Como todos os outros partidos, será igual.

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Custos ascendem a 6.000 euros

CL – Quais são os custos?

DL – Como nós somos um movimento de independentes e não temos muitos recursos financeiros, vamos gastar o indispensável. Apresentámos o nosso valor de 6.000 euros ao Tribunal de Contas.

CL – Vão distribuir cartazes, folhetos, outdoors?

DL – Vamos ter cuidado na contenção de custos, como é óbvio. Haverá o normal, como panfletos e algumas faixas.

CL – E música, concertos?

DL – Acho que os concertos não são importantes. As pessoas precisam é de ver a obra feita. Isso é que nos motiva mais.

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Continuará a ser bombeiro

CL – Se for eleito, pensa continuar como bombeiro profissional em Vila do Bispo?

DL – O futuro só a Deus pertence. Estou de corpo e alma, estou disponível para poder contribuir para o bem do meu concelho.

CL – Mas manterá a sua actividade?

DL – Sim, acima de tudo é aquilo que gosto fazer.

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São estes os candidatos que encabeçam as listas do Movimento Independente "Somos pelo Concelho de Vila do Bispo":

  • Câmara Municipal de Vila do Bispo

Dino Lourenço, de 42 anos, bombeiro profissional e presidente da Junta de Freguesia de Vila do Bispo e Raposeira, eleito em 2017 também como independente numa lista que integrou o PSD, CDS e PPM.

  • Assembleia Municipal

Luciano Rafael, de 43 anos, funcionário público e licenciado em Gestão Financeira pela Universidade do Algarve. É assistente técnico superior na Direcção Regional de Cultura do Algarve e actual Director da Fortaleza de Sagres.

  • Assembleia de Freguesia de Sagres

Clésio Ricardo, de 44 anos, actual secretário da Junta de Freguesia.

  • Assembleia de Freguesia de Budens

Tiago Borges, de 31 anos, empresário da restauração.

  • Assembleia de Freguesia de Vila do Bispo e Raposeira

Marisa Dias, de 38 anos, funcionária da Câmara Municipal de Vila do Bispo, onde mais recentemente passou a desempenhar as funções de vereadora eleita na lista do PS nas últimas eleições autárquicas.

O movimento independente "Somos pelo Concelho de Vila do Bispo" não apresenta lista à Assembleia de Freguesia de Barão de São Miguel, que tem sido gerida, há anos, também por cidadãos independentes.

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José Manuel Oliveira

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