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André Ventura, presidente do Chega: «Prefiro estar 40 anos na oposição do que quatro anos num governo corrupto!»

André Ventura, presidente do Chega: «Prefiro estar 40 anos na oposição do que quatro anos num governo corrupto!»

Na abertura do VII Conselho Nacional do Chega, na sexta-feira, 2 de Julho, no Pavilhão Multiusos de Sagres, deixou avisos ao PSD: «Queremos ser governo, não muleta, nem partido do sistema». E considerou ter sido esse «o erro do CDS».

«Prefiro estar 40 anos na oposição do que quatro anos num governo corrupto!» Esta foi das frases do presidente da Direcção Nacional do Chega, André Ventura, que mais aplausos recebeu no discurso de abertura do VII Conselho Nacional do partido, na sexta-feira, 2 de Julho de 2021, no Pavilhão Multiusos de Sagres, onde contou com cerca de meia centena de participantes. De fato escuro, camisa branca, a gravata cor-de-rosa, falou, como habitualmente, de improviso, apenas com uns apontamentos, perante uma plateia que o escutou com atenção. À entrada nas instalações, pelas 18h44m, acompanhado pelos seus seguranças, ouviu aplausos e distribuiu cumprimentos.

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Chega não aceitará «ser encostado à parede», nem integrar um governo que seja contra a prisão perpétua

«Queremos ser governo, não muleta, nem partido do sistema», vincou André Ventura, considerando ter sido esse o «erro do CDS» quando esteve no poder. E aproveitou para deixar avisos ao PSD, ao garantir que não aceitará «ser encostado à parede», nem integrar um governo que seja contra a prisão perpétua. Referindo-se a crimes como homicídio, terrorismo, violações ou crimes sexuais, «quando ocorridos em contexto especialmente censurável ou repetido», o presidente do Chega afirmou que este partido não fará «parte de nenhum governo que não promova, na Assembleia da República, a prisão perpétua contra esse tipo de crimes». «E o PSD se pensa que nos encosta à parede a dizer «ou isto, ou a parede», nós devemos dizer-lhes: «a parede, a parede», porque é isso que terão da nossa parte».

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Saúde e educação devem ter «modelos de cooperação entre o sector público e o privado»

Num discurso com a duração de cerca de uma hora, que terminou pelas 19h49m, tendo sido interrompido várias vezes por palmas dos conselheiros nacionais do partido, André Ventura destacou áreas como a saúde e a educação, em que defendeu «modelos de convivência, modelos de cooperação entre o sector público e o privado». E deu como exemplo alguém que recebe 600 euros de vencimento mensal só poder, naturalmente, ter filhos a estudar numa escola do sector público. Já quem tiver outras possibilidades, poderá colocar os filhos em escolas privadas. «O Estado deve apoiar o público e o privado», frisou André Ventura, que quer «mais autoridade dos professores nas escolas».

Já no tocante à saúde, o deputado e presidente do Chega insistiu que deve haver «congregação e concorrência entre os sectores público e privado, notando que «quem ganha com isso é o utente e o emprego» dos profissionais nessa área. Apontou o caso de Braga, onde existia uma parceria público privada, «e agora não há», e “em Cascais pode vir a acontecer o mesmo».

«Se um hospital público não tiver condições» para tratar dos doentes, «o privado, ou outro, poderá assegurar os serviços necessários, pois o importante é o cidadão», salientou André Ventura, acrescentando que «a obrigação social na saúde é assistência» às pessoas.

Já a nível internacional, o presidente do Chega disse que o partido «não quer a saída de Portugal da União Europeia, nem do euro», interrogando-se se «devemos, ou não, controlar fronteiras». E observou que «na Europa tem de estar tudo alinhado, nenhum país pode caminhar sozinho». Os conselheiros presentes na sala aplaudiram.

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O cargo de «Presidente da República não pode ser um prémio de fim de carreira» política

Por outro lado, no que respeita à Presidência da República, André Ventura preconiza o modelo presidencialista, «um modelo com mais transparência e mais eficácia». «O Presidente da República não pode ser permanentemente desautorizado», sublinhou, a certa altura, numa alusão à pandemia, o principal dirigente do Chega, para quem o cargo de «Presidente da República não pode ser um prémio de fim de carreira» política, nem um corta-fitas.

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Há «medo de falar, medo de usar a palavra» em Portugal

Para André Ventura, um dos problemas que existe, hoje, na sociedade portuguesa, é o «medo de falar, medo de usar a palavra». Ouviram-se, de novo, fortes aplausos na sala. Sobre a subsídio-dependência, tema que tem merecido fortes críticas do presidente do Chega, apontou para a necessidade de «identificar os problemas», em que situação vivem essas pessoas, referindo-se à comunidade cigana. «É preciso identificar dados, não para punição, mas para tratar esses dados», defendeu André Ventura, que diz «não ao politicamente correto».

O VII Conselho Nacional do Chega termina, neste sábado, dia 3/07/2021, no Pavilhão Multiusos de Sagres.

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(Em actualização)

Carlos Conceição

José Manuel Oliveira

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